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    o impeachment

    A aliados Lula defende Meirelles na Fazenda para deter impeachment

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO
    GUSTAVO URIBE
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    12/11/2015 16h43 - Atualizado às 17h37

    Ed Ferreira/Brazil Photo Press/Folhapress
    O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles durante o 10º Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido pela CNI, em Brasília
    O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles durante encontro da CNI, em Brasília

    Crítico ao ministro Joaquim Levy, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (12) a indicação do ex-ministro do Banco Central Henrique Meirelles para o comando do Ministério da Fazenda na tentativa de evitar que a atual crise econômica aumente a rejeição ao governo da presidente Dilma Rousseff.

    Em viagem a Brasília, na qual conversou com advogados e petistas, ele avaliou que refluiu o movimento pelo impeachment da presidente, mas considerou que ele pode voltar com força caso o governo federal não faça mudanças na atual política econômica e evite retrocessos nas conquistas sociais das administrações petistas à frente do Palácio do Planalto.

    Para ele, Meirelles à frente do Ministério da Fazenda traria uma "perspectiva de futuro" para o mercado financeiro e "mudaria o humor" da sociedade, que atualmente estaria pessimista com o aumento da inflação e do desemprego. Em favor do ex-presidente do Banco Central, Lula afirmou que Meirelles tem mais "jogo de cintura" para lidar com a crise política.

    O petista avaliou ainda que atualmente é menor a resistência no governo federal ao nome de Meirelles. Ele costuma fazer uma brincadeira, dizendo que se hoje a presidente afirma não gostar dele, a situação melhorou.

    "Hoje ela diz que não gosta dele, mas antes nem queria ouvir falar no nome dele. Então, melhorou", afirmou.

    Nas conversas, Lula disse que o "prazo de validade de Levy venceu" e que o nome de Meirelles é necessário para "recuperar a credibilidade e confiança no governo federal".

    Nas conversas em Brasília, Lula voltou a se queixar da perseguição da Polícia Federal ao seu filho, Luis Cláudio Lula da Silva, cuja empresa foi alvo de busca e apreensão pela Operação Zelotes.

    Sob pressão de seu próprio partido, a presidente tem defendido a permanência de Joaquim Levy no governo federal, mas tem começado a ponderar a necessidade de mudanças no ajuste fiscal capitaneado pelo ministro.

    Apesar do movimento do Lula, o governo deu uma demonstração de apoio ao Levy na votação do Orçamento. Por determinação do governo Dilma, Levy conseguiu uma vitória no Congresso nesta quinta-feira (12).

    A Comissão Mista de Orçamento aceitou recuar da decisão de autorizar a União a abater R$ 20 bilhões da sua meta fiscal de 2016 de investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A medida vai na contramão nas propostas de Lula.

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