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    o impeachment

    Sacola com dólares falsos faz piorar clima entre deputado e tucanos

    DANIELA LIMA
    DE BRASÍLIA
    PAULO GAMA
    DO PAINEL

    13/11/2015 02h00

    Desde a última quarta (11), a bancada do PSDB está em clima de investigação interna. O motivo: um tucano levou para o plenário da Câmara uma sacola cheia de dólares falsos, e a brincadeira acabou chegando aos ouvidos do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista não gostou da iniciativa e reagiu com irritação.

    Nos bastidores, Cunha disse que o gesto era uma irresponsabilidade e viu na artimanha uma tentativa de reeditar o constrangimento que ele passou, na semana passada, quando um manifestante fez cair sobre ele uma chuva de dólares de mentira, em frente a câmeras de TV.

    Segundo relatos de tucanos e peemedebistas, as notas falsas flagradas por Cunha no plenário foram apreendidas pela Polícia Legislativa. "Eu vi o saco. Parecia ser de juta e tinha um cifrão pintado na frente", relatou um deputado do PMDB.

    Cunha não escondeu sua contrariedade e decidiu falar com dois colegas do PSDB, que não sabiam do ocorrido e disseram ter ficado espantados a situação. Eles informaram o líder da bancada, Carlos Sampaio (PSDB-SP), para que ele apurasse de quem foi a iniciativa. Procurado pela Folha, Sampaio disse desconhecer o caso.

    Os próprios parlamentares, então, trataram de apurar. Ninguém entrega o dono da ideia, mas os tucanos garantem que o alvo dos dólares falsos não era Cunha.

    "Vi esse saco no plenário. Não era para jogar no presidente", assegura o deputado Delegado Waldir (PSDB-GO).

    "Era para jogar na turma que votasse pela [proposta de] repatriação [de recursos no exterior]. Mas aí a polícia foi acionada e pegou a sacola antes de jogarem", concluiu. Ele, no entanto, não entrega a paternidade da ideia.

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