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    operação lava jato

    Executivos da Andrade Gutierrez ficam calados diante de juiz Moro

    GRACILIANO ROCHA
    DE SÃO PAULO

    13/11/2015 20h15

    Paulo Lisboa - 20.jun.15/Folhapress
    CURITIBA, PR, BRASIL,20-06-2015, 10h15: 14ª FASE OPERAÇÃO LAVA-JATO - Presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, chega ao IML para realização de exame de corpo delito na manhã deste sábado, em Curitiba, 20. Foto: Paulo Lisboa/Folhapres, EXCLUSIVA)
    Otavio Marques Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, ao ser preso

    Por orientação de seus advogados, três ex-executivos da empreiteira Andrade Gutierrez se recusaram a responder a perguntas em audiência na Justiça Federal do Paraná nesta sexta-feira (13).

    A aparição do ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo durou menos de dois minutos. O executivo agradeceu a família e os amigos pelo apoio "em 150 dias de prisão" e disse ao juiz Sergio Moro que preferia se manter em silêncio.

    Os outros depoimentos marcados eram os dos ex-diretores Elton Negrão e Paulo Dalmazzo.

    A Andrade Gutierrez é suspeita de distribuir R$ 243 milhões em propina a políticos e dirigentes da Petrobras, em troca de ser beneficiada em contratos com a estatal.

    Azevedo e os executivos foram presos em junho deste ano.

    O operador e delator Fernando Baiano também depôs nesta semana e disse que jamais discutiu propinas ou vantagens indevidas com os diretores da empreiteira.

    "Se eu operei para alguém, eu operei para [o ex-diretor da Petrobras] Paulo Roberto Costa. Foi a pessoa que me pedia para receber dinheiro dizendo que vinha da Andrade Gutierrez, mas nem isso eu consegui confirmar. Nos encontros que eu tive com Paulo Roberto ou com executivos da Andrade Gutierrez nunca foi tratado de vantagens indevidas", disse Baiano.

    NOVA VERSÃO

    O lobista mudou uma informação que dera antes em um dos depoimentos de sua delação premiada. Primeiro, Baiano disse que intermediara um pagamento de R$ 500 mil da Andrade Gutierrez para o PP nas eleições de 2010.

    No depoimento desta semana, o delator recuou e disse não ter certeza se entregou um endereço, ao doleiro Alberto Youssef, para a retirada de dinheiro para o PP.

    Baiano atribuiu a mudança a uma confusão causada por uma conversa com Youssef na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

    Junior Pinheiro - 11.mai.15/Folhapress
    Curitiba - 11/05/2015. Depoimento de Fernando 'baiano' Soares na Justiça Federal. Foto Junior Pinheiro/Folhapress/Exclusivo Folha
    O lobista Fernando Soares, conhecido por 'Baiano', que firmou acordo de delação premiada na Lava Jato
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