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    o impeachment

    Em protesto, manifestantes pedem saída de Dilma Rousseff

    FÁBIO MONTEIRO
    DE BRASÍLIA

    15/11/2015 12h23 - Atualizado às 18h17

    Cerca de 2.000 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, ocuparam neste domingo (15) o gramado em frente ao Congresso Nacional. Eles pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a saída do Partido dos Trabalhadores do governo e o fim da corrupção. Os organizadores estimaram o público em 3.000 pessoas.

    Os manifestantes começaram a se concentrar no local por volta das 10h, carregando bandeiras do Brasil, além de faixas e cartazes contrários ao governo. Vários deles levaram os bonecos em miniatura do ex-presidente Lula vestido de presidiário, exemplares que ficaram conhecidos em outras manifestações como "boneco Pixuleko".

    Um novo boneco inflável foi erguido. Os grupos que pedem a intervenção militar fizeram um boneco homenageando o general Antônio Mourão, que era o responsável pelo Comando Militar do Sul e foi exonerado após duras críticas ao governo Dilma Rousseff. O grupo gastou em torno de R$ 12 mil com o boneco.

    Com instrumentos musicais, o grupo também puxou cânticos que citam os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

    TENSÃO

    Houve instantes de tensão entre os manifestantes e a polícia. Por volta das 13h, um deles tentou furar o bloqueio e acabou sendo detido. O grupo, então, optou por subir para a pista principal da Esplanada dos Ministérios, para protestar em frente ao Palácio do Planalto. Mas o isolamento também impediu que o grupo pudesse avançar. Uma manifestante foi acusada de injuria racial a um policial e também foi presa.

    Em alguns momentos, a polícia usou gás de pimenta para dispersar os manifestantes que tentavam invadir o Congresso Nacional.

    A maior parte do grupo se dispersou após uma forte chuva que caiu no início da tarde. Mas mesmo no auge do protesto, o número de pessoas que marcaram presença foi bem menor que o registrado em protestos anteriores. Vários manifestantes apontaram diversas razões para o menor público, mas avaliam que houve falta de divulgação e informações mais detalhadas sobre o ato.

    O protesto não teve uma organização centralizada, mas contou com a participação de grupos como o Movimento Brasil Livre, o Nas Ruas e a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, entre outros.

    Por conta do protesto, o trânsito em toda a Esplanada foi fechado. O cordão de isolamento que protegeu o Congresso também teve participação da Polícia Legislativa.

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