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    Paes defende secretário agressor e diz que não busca 'homem perfeito'

    FELIPE DE OLIVEIRA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    15/11/2015 18h06 - Atualizado às 18h13

    Alexandre Cassiano/Agência O Globo
    Rio de Janeiro (RJ), 12/11/2015, Pedro Paulo / Entrevista - Entrevista coletiva com o Secretário de Coordenação de Governo da prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo, sobre as agressões a ex-mulher Alexandra. Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Entrevista na quinta (12) com o secretário Pedro Paulo e Alexandra, ex-mulher, que foi agredida

    Em ritmo de campanha eleitoral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), reafirmou neste domingo (15) seu apoio ao secretário-executivo municipal, Pedro Paulo Carvalho, como candidato à sua sucessão.

    Pedro Paulo confirmou na semana passada duas agressões à sua ex-mulher, Alexandra Mendes Marcondes, após negá-las inicialmente.

    "Não estou buscando um homem perfeito. Quero um candidato que governe bem a cidade. E o meu candidato a prefeito é o secretário e deputado Pedro Paulo", afirmou Paes, durante inauguração de uma Clínica da Família em Campo Grande, na zona oeste do Rio.

    Em entrevista ao jornal "O Globo" deste domingo, Paes afirmou que as agressões são assunto da vida privada de seu secretário. "Não estamos falando algo da dimensão pública dele. Na dimensão pública, ele é o quadro mais preparado para assumir essa função."

    O prefeito comparou a situação de Pedro Paulo à do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. "Ele tinha um caso de agressão à sua ex-mulher. Isso é da vida pessoal dele e não atrapalhou a nomeação dele para o Supremo e seu desempenho."

    Ricardo Cassiano/Divulgação/Prefeitura do Rio
    O prefeito Eduardo Paes participou da última detonação de um dos dois túneis da Transolímpica, na galeria Engenho Velho, sentido Jacarepaguá, na Zona Oeste. A via receberá o terceiro corredor de BRT da cidade. Este será o quinto maior túnel do Rio e o segundo no Maciço da Pedra Branca. A Transolímpica será uma opção à Estrada do Catonho e já está com 65% das obras concluídas. Com 25 km de extensão (sendo 13 km de via expressa), ligará o Recreio dos Bandeirantes a Deodoro, passando por Barra da Tijuca, Curicica, Colônia Juliano Moreira, Taquara, Jardim Sulacap, Vila Militar e Magalhães Bastos. A estimativa é que o tempo de viagem seja reduzido em 60% - de duas horas e meia para apenas 30 minutos -, beneficiando 70 mil passageiros no modal de alta capacidade e comportando 55 mil veículos por dia. FOTOS DE RICARDO CASSIANO/PREFEITURA DO RIO
    Eduardo Paes participa da detonação de um dos túneis da Transolímpica, na zona oeste do Rio

    MESTRADO INEXISTENTE

    Paes também comentou, de modo irônico, a reportagem publicada no sábado (14) pelo jornal "O Dia", que informava que Pedro Paulo incluiu em seu currículo, apresentado em seu site oficial, um mestrado feito na Universidade Federal Fluminense, o que foi negado pela instituição. Ele teria feito parte do curso, mas sem concluí-lo.

    "Soube que ele repetiu em química e também me contou ontem que tirou nota vermelha em física. Você não sabe quantas vezes repeti em física e, se colei em alguma prova, mesmo assim estou aqui sendo um bom prefeito, isso que importa."

    O prefeito também afirmou que o senador Romário (PSB), cotado como possível candidato à prefeitura e que negocia seu apoio a Pedro Paulo, foi convidado a participar da equipe de governo em caso de vitória do atual secretário.

    "Ele é um craque, mas me disse que não quer sair do Senado. Acho que é muito importante se pudermos ter o apoio dele. É um cara que renovou e inovou na política. Ele deu a honra de me apoiar em 2008 e 2012, se puder contar com o apoio dele, será excepcional."

    TERRORISMO NA RIO-2016

    Paes também disse ter conversado com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, no sábado (14), um dia após os atentados na capital da França. O prefeito afirmou que os ataques terroristas foram "um crime contra uma civilização" e afirmou não temer ataques deste tipo durante a Rio-2016.

    "Não acho que o Brasil é um país que seja alvo, mas é óbvio que temos que estar atentos pelas loucuras que acontecem. É assustador ter esse tipo de coisa acontecendo. Não acho que seja um atentado contra a cidade ou contra um país. É um atentado contra uma civilização, contra uma visão mais humana e a capacidade de diálogo."

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