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    Procurador atribui 'parada técnica' da Lava Jato a fatiamento pelo STF

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    16/11/2015 13h39

    O fatiamento da Lava Jato pelo STF (Supremo Tribunal Federal) causou uma "uma parada técnica" da operação. A afirmação foi feita na manhã desta segunda-feira (16) pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que falou sobre a 20ª fase da Lava Jato, deflagrada hoje.

    A nova ação da Polícia Federal –apelidada de Operação Corrosão– ocorreu após 56 dias sem prisões. Nesta segunda, ao menos duas pessoas foram presas –uma delas, Nelson Martins Ribeiro, foi apontada como novo operador do esquema. A PF cumpriu ainda 11 mandados de busca e apreensão.

    Lima garante, porém, que apesar da "parada técnica", a operação "continua vigorosa".

    O delegado Igor Romário de Paula disse que, se não fosse a decisão do STF (que transferiu a outras instâncias as investigações sobre desvios em outras estatais e ministérios), a Lava Jato já estaria "em sua 23ª ou 24ª fase".

    Para eles, o fatiamento exigiu um "redimensionamento" da investigação, que deixou de ser horizontal (atuando em outros órgãos públicos) para ser vertical –ou seja, aprofundando o descobrimento do esquema na Petrobras.

    Limitada às investigações na Petrobras, a força-tarefa promete se aprofundar no esquema até descobrir o "núcleo político" que comandava os desvios.

    "Nós podemos nos aprofundar tanto que os reais responsáveis pela corrupção geral serão revelados, mesmo que nosso campo de atuação se limite à Petrobras", declarou o procurador, um dos coordenadores das investigações.

    "No final das contas, vamos chegar ao núcleo político", promete Lima.

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