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    o impeachment

    PSDB reage e chama documento do PMDB de peça de ficção

    DANIELA LIMA
    DE BRASÍLIA

    18/11/2015 17h41

    A cúpula do PSDB no Senado reagiu nesta quarta-feira (18) à tentativa de setores do PMDB ligados ao vice-presidente Michel Temer de se credenciar como porta-voz de uma agenda austera na economia para tirar o país da crise.

    Presidente nacional dos tucanos, o senador Aécio Neves (MG) disse que "levaria mais a sério" a proposta do PMDB se o partido "deixasse os sete ministérios que ocupa no governo para defender" ao lado da oposição as ideias que apresenta no documento intitulado "Ponte para o futuro".

    Ele insinuou ainda que o PMDB se apropriou de propostas feitas pelos tucanos durante a última eleição presidencial, quando foi o candidato da sigla ao Planalto. "Levaria mais a sério se o PMDB deixasse os sete ministérios que ocupa para defender ao nosso lado essas propostas, muitas convergentes com as nossas, que defendemos na campanha eleitoral", afirmou o tucano.

    Aécio afirmou ainda que "enquanto o PMDB integrar o governo, esse programa passa a ser algo secundário", como uma peça de marketing.

    Questionado se havia risco de os tucanos verem seu discurso roubado pelos peemedebistas, respondeu: "Não vou nem considerar séria essa pergunta. O PSDB dá as boas-vindas ao PMDB no debate das questões do Brasil, mas o partido majoritariamente ainda prefere os cargos que têm no governo", concluiu.

    DO NADA PARA LUGAR NENHUM

    Líder da bancada tucana no Senado, Cassio Cunha Lima (PB) foi mais longe e disse que o documento apresentado pelo PMDB é "uma ponte que liga o nada para lugar nenhum".

    "O PMDB é muito inovador e agora quer fazer oposição estando dentro do governo. A peça é uma ficção política", concluiu.

    Para Cunha Lima, a repercussão do documento é um reflexo do "vazio" que domina o cenário atual e representa uma "humilhação" para a presidente Dilma Rousseff. "O maior partido da aliança apresenta propostas na direção contrária que eles pregam. Só um governo muito fragilizado... é a humilhação suprema."

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