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    o impeachment

    Após confusão, manifestantes deixam gramado do Congresso

    DANIELA LIMA
    GUSTAVO URIBE
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    21/11/2015 20h19 - Atualizado às 21h30

    Os últimos grupos de manifestantes contra o governo da presidente Dilma Rousseff foram retirados na noite deste sábado (21) do gramado em frente ao Congresso Nacional, numa operação conjunta das polícias Militar e Legislativa do Distrito Federal.

    As primeiras remoções ocorreram com relativa tranquilidade, mas, no início da noite, durante a saída do grupo que defende uma intervenção militar no país, houve discussão e confronto entre os que pregam a volta dos militares e pessoas que se reuniram no local para protestar aos gritos de "não vai ter golpe" e "ditadura nunca mais".

    Os primeiros a serem expulsos do local, por volta das 18h40, foram os militantes do MBL (Movimento Brasil Livre), que pede o impeachment de Dilma e, mais recentemente, o afastamento dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

    Sentados dentro de suas barracas, os jovens resistiram pacificamente à remoção, entoando o hino nacional e gritos contra os políticos. A Polícia Legislativa, responsável pela segurança da área mais próxima ao Congresso, puxou as barracas e ergueu os manifestantes, que reclamaram, mas não resistiram.

    BRIGA

    A segunda operação ocorreu minutos depois, por volta das 19h10, sob o comando da Polícia Militar do DF. Numa área mais afastada, mas ainda no gramado do Congresso, havia cerca de 40 pessoas que defendiam a intervenção militar.

    Eles não resistiram à ação da polícia, mas acabaram entrando em confronto com um grupo que foi até o local protestar contra o que chamaram de postura "golpista" e "fascista".

    Houve discussão e briga. A polícia interveio e acabou usando gás para dispersar a confusão. Ninguém ficou ferido.

    "Não estamos aqui para defender o governo, mas a democracia, a regra do jogo. Se o Aécio [Neves, senador do PSDB] tivesse vencido as eleições, eu estaria aqui defendendo ele", disse Willians Palma, de 25 anos, que foi ao local protestar contra os defensores da intervenção.

    Integrantes do grupo que defende a volta dos militares chegaram a arremessar paus sobre o outro grupo. Antes do início do confronto, no entanto, eles prestaram homenagens aos militares e entregaram vasos de flores aos policiais.

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