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    Lava Jato

    CPI do BNDES marca depoimento de Bumlai para a próxima semana

    AGUIRRE TALENTO
    DE BRASÍLIA

    24/11/2015 16h05

    Paulo Lisboa/Folhapress
    O pecuarista José Carlos Bumlai, na 21ª fase da Operação Lava Jato, deixa o IML de Curitiba (PR) após exame de corpo de delito
    José Carlos Bumlai, preso pela Lava Jato, deixa o IML de Curitiba (PR) após exame de corpo de delito

    O presidente da CPI do BNDES na Câmara, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), anunciou que convocará o pecuarista José Carlos Bumlai, preso nesta terça-feira (24) pela Operação Lava Jato, para prestar depoimento à CPI na próxima terça (1º).

    O depoimento de Bumlai seria hoje, mas acabou sendo inviabilizado porque ele foi preso sob suspeitas de lavagem de dinheiro e envolvimento na intermediação de um negócio na Petrobras para pagar uma dívida do PT.

    A prisão dele se insere em um esquema de corrupção e fraude para pagar dívidas da campanha da reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, conforme os depoimentos de delatores e provas que embasaram a decretação da prisão do pecuarista pelo juiz Moro.

    Bumlai e Lula são amigos.

    A CPI do BNDES manteve a sessão desta terça, mesmo sem a presença de Bumlai, para discutir a sua prisão e os procedimentos a partir de então.

    Marcos Rotta afirmou que fez um contato com o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba Sergio Moro, responsável por decretar a prisão, e que obteve a concordância na nova data do depoimento.

    Em ofício enviado à CPI pela manhã, Moro havia informado que o pecuarista estava à disposição para ser ouvido, mas que sugeria que não ocorresse nesta semana, já que ele acabou de ser preso e ainda vai ser ouvido pela Polícia Federal.

    Rotta chegou a elogiar Moro pelo ofício enviado, classificando de uma ação "gentil, cavalheira e elegante".

    Na sessão da CPI, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), aliado de Lula, criticou a prisão de Bumlai e disse que a "atuação da equipe da Lava Jato é perigosa para o país". Chegou a comparar as ações da operação com a ditadura militar.

    "Isso, no meu entender, é uma quebra do estado de direito", disse Zarattini.

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