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    Lava Jato

    Após ser preso, André Esteves chega à sede da PF no Rio

    LUCAS VETTORAZZO
    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    LUIZA FRANCO
    DO RIO

    25/11/2015 09h52

    Preso nesta quarta-feira (25), o banqueiro André Esteves, fundador e presidente do banco BTG Pactual, chegou à sede da Polícia Federal no centro do Rio por volta das 9h10. Ele estava sem algemas, vestindo camisa branca e calça social escura.

    Esteves foi preso temporariamente no âmbito da Operação Lava Jato junto com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão do petista após o Ministério Público Federal apresentar evidências de que ele tentava conturbar as investigações sobre o escândalo de corrupção na Petrobras.

    Segundo o ministro do STF Teori Zavascki, relator dos processos relativos à Operação Lava Jato, Esteves foi preso por ter oferecido pagar R$ 4 milhões para ajudar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a sair do país.

    A prisão do banqueiro é temporária e está relacionada a um possível "auxílio" para que Cerveró não se manifestasse nos autos da Lava Jato.

    André Esteves, que comanda as operações do BTG em escritório em São Paulo, estava no Rio sem sua família pelo menos desde esta terça-feira (24). Os agentes da PF passaram cerca de três horas em seu apartamento, em um prédio na orla de Ipanema, zona sul. A PF chegou a sua casa por volta das 6h.

    O banqueiro participaria da palestra de abertura do seminário "Perspectivas econômicas 2016", organizado pelo banco, às 17h30, no hotel Sofitel, em Copacabana. Ele dividiria a abertura do seminário com Persio Arida, conselheiro do BTG e ex-presidente do Banco Central e do BNDES nos anos 1990. Eduardo Henrique Loyo, diretor-executivo do banco, também falaria na abertura.

    A assessoria do banco informou que o evento será mantido.

    Em nota, o BTG Pactual afirma que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e que vai colaborar com as investigações.

    Um ministro do STF disse à Folha que a prisões do senador e do banqueiro são "graves, muito graves".

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