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    Justiça condena envolvidos no maior escândalo de corrupção de Campinas

    VENCESLAU BORLINA FILHO
    DE CAMPINAS

    02/12/2015 18h57

    A Justiça condenou nesta terça-feira (1º) os principais envolvidos no caso Sanasa, considerado o maior escândalo de corrupção da história de Campinas, no interior paulista.

    A ex-primeira-dama da cidade Rosely Nassim Jorge Santos, mulher do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT), foi condenada a 20 anos de prisão por formação de quadrilha, corrupção e fraude em licitação.

    Já o ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) foi condenado a 13 anos de reclusão por formação de quadrilha e corrupção. Outros 17 envolvidos, entre empresários e ex-servidores, também foram condenados.

    Todos eles podem recorrer das decisões do juiz Nelson Augusto Bernades de Souza, da 3ª Vara Criminal de Campinas. Já outros quatro réus da ação foram absolvidos das acusações feitas pelo Ministério Público.

    Segundo as investigações, a ex-primeira-dama cobrava dos empresários um percentual sobre os contratos para direcionar as licitações da Sanasa (empresa municipal de saneamento).

    Rosely e Demétrio chegaram a ser presos após o estouro do caso, em 2011. Segundo levantamento da Promotoria, o escândalo pode ter causado um prejuízo aos cofres públicos de R$ 180 milhões.

    Entre os empresários condenados, está Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, hoje réu e delator na Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal em Curitiba.

    O advogado de Rosely, Eduardo Pizarro Carnelós, afirmou que até a tarde desta quarta (2) não tinha visto a sentença e que, portanto, não teria comentários a fazer. Ele disse, no entanto, que vai recorrer da decisão porque não há provas de que sua cliente tenha cometido crimes.

    O advogado Ralph Tórtima Stettinger, que defende Demétrio Vilagra, informou em nota que a condenação de seu cliente é injustificável e que, por questão de justiça, irá recorrer em busca da absolvição do ex-prefeito.

    O advogado de Dalton Avancini, Pierpaolo Cruz Bottini, não foi localizado para comentar a decisão da Justiça.

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