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    operação zelotes

    Oposição articula instalação de CPI que mire o filho de Lula

    AGUIRRE TALENTO
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    07/12/2015 02h00

    Reprodução/TV UOL
    Luis Claudio Lula da Silva (filho e Lula) Reproducao TV UOL ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Luis Cláudio, filho do ex-presidente Lula

    Com o fim do prazo da instalação de comissões parlamentares de inquérito no Congresso Nacional, partidos de oposição articulam uma nova CPI para 2016 que mire Luis Cláudio, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e investigado na Operação Zelotes por receber pagamentos de lobista.

    A CPI do Carf (órgão do Ministério da Fazenda que julga recursos contra multas da Receita, alvo inicial da Zelotes), foi colocada na fila da Câmara e deve ganhar impulso após o desgaste entre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o governo Dilma, materializado pelo acolhimento do pedido de impeachment contra a petista.

    As siglas de oposição, como PSDB e DEM, começaram na semana passada a discutir a estratégia com Cunha para emplacar a comissão parlamentar no início de 2016.

    A empresa de Luis Cláudio, LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos de cerca de R$ 2,5 milhões do lobista Mauro Marcondes. A Polícia Federal e a Procuradoria investigam se há relação entre esses pagamentos e a prorrogação de medidas provisórias favoráveis ao setor automotivo, do qual Marcondes era lobista.

    Luis Cláudio nega irregularidades e diz que foi pago por estudos de marketing esportivo para Marcondes.

    O Senado já realizou uma CPI do Carf neste ano, mas ela terminou na última semana sem avanços em relação à investigação policial. A base governista blindou a convocação de personagens ligados ao ex-presidente.

    Uma segunda possibilidade em discussão é criar uma CPI mista das Medidas Provisórias –na Câmara, a oposição avalia a possibilidade de criar essa comissão na Casa.

    "Precisamos criar uma CPI mista, para que a composição não seja em sua maioria absoluta governista", afirmou o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que presidiu a CPI do Carf.

    Para ele, a comissão pode incluir também as recentes suspeitas de que Cunha recebeu pagamentos do banco BTG para favorecer a instituição em medidas provisórias, acusação negada por ambos.

    Na Câmara, a CPI do BNDES deve acabar neste mês e a dos Maus-Tratos de Animais, no início do ano que vem, abrindo espaço para a instalação de novas comissões.

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