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    Painel

    Flávio Dino organiza reunião com governadores contra impeachment

    POR NATUZA NERY

    07/12/2015 02h01 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Passando o chapéu Articulador do movimento "Golpe Nunca Mais", o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), está organizando um encontro de governadores contra o impeachment de Dilma Rousseff, nesta terça, em Brasília. Os chefes do Executivo em Estados do Nordeste estão confirmados. Neste domingo, após lançar o movimento ao lado do ex-ministro Ciro Gomes, Dino buscaria ainda o apoio dos governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB), Fernando Pimentel (PT) e Tião Viana (PT).

    Violência "É um movimento apartidário, independente do apoio ou não ao governo", afirma Dino. "Não podemos jogar o Brasil em uma armadilha. O impeachment é tão violento que acabaria levando o país a uma instabilidade ainda maior."

    Avisa lá Dino ligou no sábado para Jaques Wagner (Casa Civil) para informar que lançaria o movimento. O governador articula, ao lado do deputado Wadih Damous (PT-RJ), um encontro de juristas para questionar a constitucionalidade do processo.

    Eu, não Em conversas reservadas, Eduardo Cunha disse que o vice Michel Temer ligou para ele a fim de desmentir a versão de que teria dito a Dilma que o impeachment não tem base jurídica.

    Bola de cristal Em setembro de 1992, o então procurador-geral de São Paulo, Michel Temer, escreveu na Folha sobre o possível impeachment do então presidente, Fernando Collor: "O julgamento por crime de responsabilidade é político. Não é jurisdicional", opinou.

    Pitonisa "A pergunta que o parlamentar votante se faz quando vota é: convém ou não que o acusado continue a governar?", ele continua. "A situação de ingovernabilidade pode ser de tal porte que o parlamentar decide pelo afastamento para restaurar a governabilidade", conclui.

    Entre pares Nesta segunda-feira, Temer será recebido pelo jurista Ives Gandra Martins, voz importante no meio jurídico a favor do impeachment de Dilma, na Fecomercio de São Paulo.

    Menu A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) jantou no sábado com o fotógrafo Sebastião Salgado, cuja ONG tem projetos patrocinados pela Vale -acionista majoritária da Samarco, ao lado da BHP-, para falar sobre revitalização do rio Doce.

    Noiva Assediado pelos dois lados da crise, Renan Calheiros tem dito que sua tendência hoje é não convocar o Congresso no recesso.

    Bota tudo A aliados o presidente do Senado afirmou que, se mudar de ideia, não poderia deixar fora da pauta o Conselho de Ética, o que prejudicaria Cunha. Ou seja, o pau que daria em Chico daria em Francisco também.

    Última que morre Cunha mantém a esperança de que o correligionário mude seu posicionamento até a próxima semana. "Ficamos de conversar, mas depende dos partidos", afirmou o presidente da Câmara à coluna.

    Sem antivírus Investigadores da Lava Jato relatam que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ficou aflito quando soube que seu iPad estava na lista de objetos apreendidos. O material ainda não havia sido analisado, mas a preocupação fez aguçar a curiosidade dos peritos.

    Dim-dom O agente da Polícia Federal Newton Ishii -o "japonês bonzinho"- poderá tocar campainhas até 2020. Graças à aprovação da PEC da Bengalinha, que aumentou a aposentadoria compulsória de servidores de 70 para 75 anos, feita pelo senador José Serra (PSDB-SP).

    Lado a lado A ministra Kátia Abreu (Agricultura), próxima a Dilma, se reuniu com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), opositor ferrenho. A peemedebista teve uma crise de inflamação no nervo ciático. Caiado, médico dela, recomendou repouso, cinta ortopédica e remédio.

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    TIROTEIO

    Ele tem experiência suficiente para saber que catitu fora de bando é comida de onça. E a onça do PT está com fome.

    DO DEPUTADO LÚCIO VIEIRA LIMA (PMDB-BA), sobre a permanência de seu correligionário Henrique Eduardo Alves à frente do Ministério do Turismo

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    CONTRAPONTO

    A convite da Federação Israelita de São Paulo, um grupo de deputados foi a Israel para participar de um seminário em que foi debatido o papel do Brasil na realidade do Oriente Médio. Na quarta, enquanto Eduardo Cunha anunciava a decisão de acatar o pedido de impeachment de Dilma, os parlamentares foram até a Faixa de Gaza.

    À noite, quando jantavam em um restaurante de Israel, foram abordados por turistas brasileiros que se diziam inconformados com a decisão de Cunha.

    -Vale o exemplo daqui, não adianta querer retaliar criando mais um conflito -, exemplificou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) aos brasileiros.

    com PAULO GAMA e THAIS ARBEX

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