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    o impeachment

    Picciani diz que embate no PMDB continua e insinua volta à liderança

    DANIELA LIMA
    DE BRASÍLIA

    09/12/2015 16h20

    Destituído da liderança do PMDB na Câmara após articulação da ala do partido que defende o impeachment de Dilma Rousseff, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) disse nesta quarta-feira (9) que o embate dentro do partido continuará e insinuou que pode voltar ao cargo que ocupava.

    Picciani afirmou que, se foi tirado da liderança após o surgimento de um abaixo-assinado contra ele, também pode retomar o posto caso uma outra lista com apoios ao seu nome surja.

    "É uma maioria muito tênue a que me afastou. Uma maioria de um voto. A luta continuará", afirmou. Aliados do peemedebista e do Palácio do Planalto trabalham para tentar ajudar Picciani a voltar para a liderança do PMDB.

    A ala oposicionista conseguiu reunir a assinatura de mais da metade dos integrantes da bancada –35 de 66 deputados federais– e indicou como novo líder o deputado federal Leonardo Quintão (MG).

    A secretaria-geral da Câmara já realizou a checagem das assinaturas e Quintão já aparece como novo líder do partido.

    Picciani disse ainda que não se surpreendeu com a chancela do presidente da Casa, Eduardo Cunha ( PMDB-RJ) à sua queda. Disse, no entanto que não falaria sobre o assunto. "Não sou comentarista de decisão de presidente da Câmara."

    TEMER

    Na terça-feira (8), os dissidentes peemedebistas se reuniram com o vice-presidente Michel Temer para pedir o seu apoio à destituição de Picciani.

    À frente dos rebelados, estava o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, um dos peemedebistas mais próximos a Temer e defensor do impeachment.

    Com a saída de Picciani, o Palácio do Planalto deve perder o controle sobre a maior bancada da Câmara dos Deputados e, por enquanto, o maior partido aliado do governo federal.

    Aliado de Dilma, Picciani se recusou a indicar deputados contrários ao impeachment para a comissão especial que analisará o pedido. Os rebelados do PMDB também procuraram o vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO).

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