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    o impeachment

    Esquerda promete para o dia 16 maior mobilização desde Collor

    FERNANDA MENA
    DE SÃO PAULO

    10/12/2015 02h00

    "Esta é a maior mobilização da esquerda brasileira contemporânea desde o impeachment de Collor."

    Foi assim que o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) nacional, Vagner Freitas, apresentou o ato contra o impeachment, pelo fim do ajuste fiscal e pelo fora Cunha programado para o dia 16, às 17h, na avenida Paulista, em São Paulo.

    Trata-se de caso raro de união de duas grandes frentes de movimentos sociais ligados à esquerda: Povo Sem Medo e Brasil Popular.

    "Temos nossas divergências, mas nos unificamos em torno desses eixos, o que demonstra não só a gravidade do momento que o Brasil vive mas também um amadurecimento da esquerda."

    Segundo Freitas, CUT, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Intersindical, União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Confederação Nacional de Entidades Negras (Conen) planejaram a manifestação do próximo dia 16 -três dias após ato agendado por grupos pró-impeachment- em torno da "valorização da democracia".

    "Temos consciência de que o impeachment se dará no Congresso mas que as disputas nas ruas serão essenciais para definir os rumos deste processo", avalia Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

    De acordo com Guilherme Boulos, presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST), a manifestação mais importante deve ocorrer em São Paulo. "Vamos levar mais de 50 mil pessoas para a Paulista", disse.

    "É um ato contra o impeachment porque entendemos que Michel Temer na presidência aprofundaria o ataque aos direitos sociais. Seria uma ponte para o passado", avalia. "Mas quem disser que é um ato em defesa de Dilma e do PT está fazendo malabarismo. Somos contra o ajuste fiscal do governo."

    Segundo Gilmar Mauro, coordenador nacional do MST, o objetivo da articulação das frentes é, primeiro, mobilizar não só outros movimentos mas todos os democratas e progressistas do país, e, em segundo lugar, articular um processo de mobilização por reformas estruturais no governo.

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