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    o impeachment

    Novo líder do PMDB fica fora de reunião do governo com base

    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    10/12/2015 16h33

    Alan Marques/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 09.12.2015. O novo líder do PMDB, Leonardo Quintão, participa da sessão do Conselho de Ética da Câmara para aprecisar relatório de quebra de decoro parlamentar do deputado Eduardo Cunha. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    O novo líder do PMDB, Leonardo Quintão, participa da sessão do Conselho de Ética da Câmara

    Após a troca de comando na liderança do PMDB na Câmara, o novo nome escolhido pela bancada ficou de fora de reunião de líderes partidários com o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), nesta quinta-feira (10).

    Ontem, o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), de posição governista, foi substituído pelo colega Leonardo Quintão (MG), que assumiu o comando da legenda na Casa após movimento de ala oposicionista do PMDB.

    Questionado sobre a participação de Quintão em reuniões da base aliada, Berzoini desconversou: "Esse procedimento só será avaliado a partir do momento em que formos comunicados. Ainda não fomos. Portanto, por enquanto não temos nada a dizer sobre isso. Respeitamos a autonomia do PMDB", disse na tarde de hoje.

    A agenda do ministro previa às 12h "reunião com líderes partidários". Procurada, a assessoria do ministro informou, na verdade, que Berzoini recebeu separadamente cinco lideranças partidárias: Dudu da Fonte, José Guimarães (PT-CE), Sibá Machado (PT-AC), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Maurício Quintella (PR-AL). A agenda do ministro foi atualizada em seguida para registrar as agendas separadas.

    Segundo a coluna Painel de hoje, líderes que participam das reuniões do Planalto mostraram desconforto diante da possibilidade de traçar estratégias na frente do novo líder do PMDB.

    Na manhã de hoje, o ministro se encontrou com reitores de institutos federais, que saíram em defesa do mandato da presidente Dilma.

    "Assistimos, portanto, a uma tentativa não apenas de usurpar o mandato da presidenta do país, mas de vilipendiar direitos sociais adquiridos", afirma nota do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica).

    Berzoini recebeu apoio ainda de movimentos sociais, reunidos na Frente Brasil Popular. Entre os presentes, estavam por exemplo, Carina Vitral, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e Alberto Broch, presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)

    REUNIÃO "MUITO CORDIAL"

    Em entrevista a jornalistas, Berzoini negou "estremecimento" na relação entre a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer e afirmou que a reunião entre eles, ontem à noite, foi "muito cordial, muito tranquila, muito franca".

    "É é importante que a presidente Dilma e o vice-presidente Michel Temer possam manter relações absolutamente transparentes entre si e com total lealdade e compromisso público com os interesses maiores da nação", afirmou.

    O petista disse ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) terá "distanciamento suficiente" para julgar o rito do processo de impeachment. A Corte vai se posicionar na próxima semana, após questionamento do PCdoB.

    "O STF pode de maneira transparente examinar a matéria e como a lei tem alguns aspectos omissos, é bom que haja uma definição para não ficar só na luta política", afirmou. "Acreditamos que o STF tem distanciamento suficiente, até pelo seu papel constitucional, para debater essa questão longe do calor e das emoções", completou.

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