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    Grupos pró-impeachment prometem ir às ruas em mais de cem cidades do país

    DE SÃO PAULO

    13/12/2015 10h43

    Movimentos que defendem o impeachment de Dilma Rousseff prometem ir às ruas neste domingo (13) em pelo menos 103 cidades brasileiras para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff.

    Atos contra a petista estão previstos para ocorrer em todas as capitais do país, segundo dados atualizados pelos grupos que organizam os protestos, o Vem pra Rua e o MBL (Movimento Brasil Livre).

    O protesto em São Paulo ocorre na av. Paulista. A obstrução das ciclovias pelos veículos dos manifestantes irritou ciclistas.

    O ato em Brasília começou pela manhã e manifestantes foram para a frente do Congresso Nacional. Organizadores estimaram o público em 30 mil pessoas. Segundo a PM, são 5 mil.

    No Recife, os atos reuniram 7.000 pessoas, segundo estimativas tanto dos organizadores quanto da PM.

    Em Belém, um carro de som com bandeiras da CUT e da CTB defendeu o governo e trocou insultos com os demais manifestantes. A Polícia Militar evitou o confronto entre os grupos pró e contra o governo. Organizadores do ato anti-Dilma estimaram 6.000 presentes, enquanto a PM estimou 600 pessoas.

    Mapa dos protestos

    No Rio, a manifestação ocorre ao longo da orla de Copabacana, com concentração no posto 5.

    'ESQUENTA'

    A retomada das ruas pelos movimentos sociais de oposição ao governo Dilma, sob a bandeira do impeachment, foi articulada às pressas para acontecer neste domingo.

    As lideranças foram pegas de surpresa pela decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no último dia 2, de aceitar o pedido de impedimento contra a petista.

    "A gente não estava esperando por esta notícia e tivemos de nos reprogramar totalmente. Estamos fazendo o possível", diz Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, que trata o ato deste domingo como "esquenta" para eventos maiores a serem agendados.

    Do poder de mobilização das ruas o Planalto pretende tirar a temperatura para definir se trabalha para acelerar ou retardar o rito do pedido de impeachment.

    O núcleo mais próximo da presidente avalia contar com votos suficientes para arquivar o pedido de afastamento e quer um desfecho do processo antes de março, na expectativa de que as festas de fim de ano e as férias de verão esvaziem os movimentos de rua.

    Caso os grupos anti-Dilma consigam levar para as ruas um número de manifestantes semelhante ao dos protestos do início do ano, quando milhares de pessoas participaram, a estratégia do governo muda, e o Planalto trabalhará para agilizar a tramitação do impeachment sob pena de as mobilizações crescerem ainda mais.

    A oposição e o presidente da Câmara, porém, trabalham com o diagnóstico de que em março haverá uma deterioração do quadro econômico, o que impulsionaria nova onda de protestos.

    Para Kim Kataguiri, liderança do Movimento Brasil Livre (MBL), o engajamento para este domingo já é maior que o esperado. "Depois da manifestação do dia 15 [de março], participação contabilizada no evento do Facebook deixou de ser termômetro, mas sim o engajamento na página do MBL", explica. "E batemos um recorde com 10 milhões de interações em duas semanas", anima-se.

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