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    o impeachment

    Com menor adesão, protesto no DF queima caixão com bandeira do PT

    DIMMI AMORA
    NATÁLIA CANCIAN
    DE BRASÍLIA

    13/12/2015 16h29

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Em Brasilia, manifestantes queimam caixão emprestado por funerária
    Em Brasilia, manifestantes queimam caixão emprestado por funerária

    Num protesto com baixa adesão, grupos contrários ao governo queimaram um caixão com a bandeira do PT em frente ao Congresso Nacional e pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff em frente ao Congresso Nacional neste domingo (13).

    Segundo a PM, a manifestação reuniu sete mil pessoas em seu maior momento. O número é maior que o do último protesto contra o governo na cidade, realizado em novembro, no qual havia três mil pessoas, segundo os manifestantes. Mas é a menor quantidade em protestos convocados nacionalmente pelos grupos que pedem a saída do governo. No último evento nacional, dia 7 de setembro, o número oficial de manifestantes foi estimado pela PM em 25 mil.

    O protesto foi marcado para 10h e, até 11h, a adesão era baixa. A locutora do carro de som do MBL (Movimento Brasil Livre) pedia aos manifestantes para que convocassem cada um pelo menos mais duas pessoas para o protesto e reclamava de quem fazia protesto apenas pelas redes sociais.

    Por volta das 11h, os manifestantes saíram da concentração em frente à Biblioteca Nacional e seguiram para o Congresso Nacional. Ao longo do caminho de cerca de um quilômetro, o número de manifestantes foi crescendo. Segundo uma das coordenadoras do MBL, Kelly Cristina Pereira dos Santos, ao menos 30 mil pessoas participaram dos protestos pela manhã.

    Segundo Jailton de Almeida, coordenador do movimento Vem Pra Rua em Brasília, o número manifestante foi acima do esperado pelo grupo, mesmo com o pouco tempo para a preparação do protesto, convocado após o pedido de impeachment ter sido aceito e começar a tramitar.

    Segundo ele, os movimentos vão convocar neste domingo (13) uma nova manifestação para entre fevereiro e março de 2016, que ocorrerá próximo ao que ele chama de momento decisivo do impeachment. Na opinião dele, as manifestações impactam os parlamentares que vão decidir sobre o impedimento da presidente e devem crescer.

    Sobre as denúncias em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o coordenador do grupo disse que após ele ter aceito o início do processo contra a presidente, Cunha não pode mais interferir no mérito do procedimento, que será analisado pelo plenário da Câmara.

    "O impeachment não é mais do Cunha", disse Almeida.

    FOGO

    Em frente ao Congresso Nacional, os movimentos leram um manifesto pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. Também foram coletadas assinaturas para apoiar o projeto de lei de iniciativa popular que o Ministério Público pretende encaminhar ao Congresso com propostas legislativas para melhorar o combate à corrupção.

    O protesto seguiu sem tumultos por quase uma hora. Manifestações a favor de intervenção militar eram vaiadas e o microfone era retirado de quem estava fazendo esse apelo.

    Ao final do protesto, os manifestantes desfilaram com um caixão com a bandeira do PT pelo gramado em frente ao Congresso Nacional. Apesar dos apelos dos organizadores para que o caixão fosse preservado, por ter sido emprestado por uma funerária, os manifestantes queimaram o esquife, colocando fogo também em bonecos e cartazes com as fotos do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff e do presidente do TSE, ministro Dias Toffoli.

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