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    o impeachment

    Aos 68 anos, Dilma ganha livro e joia, mas recusa 'parabéns'

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    14/12/2015 15h19

    Alan Marques/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 14.12.2015. A presidente Dilma Rousseff recebe prefeitos que vieram entregar carta de apoio a Rousseff e contra o Impeachment. Participaram também os ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    No seu aniversário, Dilma teve reunião de coordenação política e recebeu prefeitos (foto)

    Paula Rousseff, única filha da presidente Dilma, sabe desde pequena que a mãe detesta comemorar aniversário.

    Prevendo que a falta de disposição com comemorações pudesse refletir na sua data no ano, a aniversariante Paula costumava ficar em frente à porta do quarto de Dilma logo cedo.

    Ao vê-la se abrir, perguntava quase que sutilmente: "Mãe, você me trouxe um presente?".

    Tinha cinco anos, no máximo. Paula adorava festa. Reservada e de perfil mais tímido, Dilma nunca gostou de comemorar o dia 14 de dezembro.

    Foi com essa história de família que a presidente abriu a reunião de sua coordenação política, nesta segunda-feira (14), no Palácio da Alvorada, dia em que faz 68 anos.

    Cercada por assessores e ministros que ensaiavam cantar o "Parabéns a Você", Dilma fez questão de pontuar que era melhor não.

    Os ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Gilberto Occhi (Integração Nacional) entregaram presentes.

    Edinho deu à presidente o livro "A Casa da Vovó", do jornalista Marcelo Godoy. Occhi, por sua vez, chegou com uma caixa da joalheria Swarovski. Disse que sua mulher havia mandado um colar a Dilma.

    Pelo twitter, um dos auxiliares mais próximos de Dilma aproveitou a data para tecer elogios à petista, "presidenta de mãos limpas".

    "[Dilma] sempre esteve do lado certo, lutando pelas causas justas e necessárias. (...) Agora o destino a coloca diante do que talvez seja o maior desafio de sua vida e ela novamente está do lado certo: do lado da Constituição", escreveu Jaques Wagner (Casa Civil) em sua conta oficial. "Mulher valente, guerreira da democracia, presidenta de mãos limpas", encerrou ele.

    Durante a reunião, a presidente foi avisada de que seu vice, Michel Temer, estava ao telefone para cumprimentá-la pela data. Levantou-se para atender Temer e, ao retornar, disse aos ministros que o vice estava em um compromisso em São Paulo.

    A relação entre os dois está cada vez mais distante e protocolar, e Temer não tem participado das reuniões de coordenação política do governo.

    Na semana passada, o vice enviou a Dilma uma carta em que fazia um desabafo ao dizer que sempre foi figura "decorativa" no Planalto e que a presidente nunca confiou nele nem em seu partido, o PMDB.

    EM FAMÍLIA

    A presidente costuma passar o aniversário em Porto Alegre ao lado de sua família, com a filha e o neto, Gabriel. Este ano, porém, envolta na crise política e econômica, cancelou a viagem à capital gaúcha que estava prevista para o domingo (13).

    Em Brasília, Dilma não terá a companhia do neto nem de Paula, que está grávida do segundo filho e já não pode mais viajar de avião por recomendações médicas.

    A presidente deve então jantar com a mãe, Dilma Jane, no Palácio da Alvorada. Ali, apostam alguns aliados, pode ser que ela permita o tradicional "Parabéns".

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