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    o impeachment

    Após encontro com governadores, Dilma recebe apoio de 14 prefeitos

    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    14/12/2015 17h29

    Um dia após manifestações em favor de seu impeachment, a presidente Dilma Rousseff recebeu o apoio de 14 prefeitos de capitais, contrários à troca de comando no Palácio do Planalto.

    Na semana passada, a petista já havia recebido apoio de juristas e de 16 governadores, que entregaram um manifesto intitulado "Carta pela Legalidade". Nesta segunda-feira (14), o roteiro se repetiu, em forma de um manifesto. "Hoje em dia é melhor um manifesto do que uma carta", brincou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), em referência ao desabafo feito pelo vice-presidente Michel Temer.

    Ao todo, assinaram o documento políticos de seis partidos: PMDB (2), PT (3), PSB (1), PP (1), PDT (5) e PSD (1) —um dos prefeitos está sem partido. Prefeitos da oposição (PPS, DEM e PSDB), além do PSD e PSB, não assinam o documento.

    Sem citar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o texto afirma que a análise do processo de impeachment começou "eivada de vícios, o que denota condução desvirtuada do processo". "A peça se apoia em ilações e suposições que tentam, sem consistência jurídica, imputar responsabilidade à presidenta da República", diz trecho.

    Segundo os prefeitos, o movimento para retirada de Dilma "fere e desestabiliza o país".

    O encontro da presidente com os prefeitos ocorreu no Palácio da Alvorada, residência oficial de Dilma, com presença de seis prefeitos. Segundo Paes, a agenda foi acertada na noite de sexta-feira (11), por isso o baixo quórum. Na avaliação do prefeito do Rio, o processo de impedimento ocorre de forma "absolutamente sem sentido" e de maneira "estapafúrdia". "O Brasil já tem desafios demais pra gente ficar perdendo tempo com essa agenda", emendou.

    "A nossa questão é a defesa da democracia e das instituições", disse o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT). "Quando alguém de nós perguntou a ela o que desejaria que nós fizéssemos, ela falou: 'Defendam a democracia. Não peço nem que façam minha defesa pessoal", afirmou o petista.

    As reuniões da semana passada ocorreram no Palácio do Planalto, o que gerou críticas da oposição. O senador tucano Aécio Neves (MG) disse que entraria na Justiça questionar o que considerou uso de estrutura do governo para a defesa da petista.

    ANIVERSÁRIO

    Nesta segunda, a presidente completa 68 anos. A data foi lembrada em reunião de coordenação política, na manhã de hoje. Pelo twitter, um dos auxiliares mais próximos de Dilma aproveitou a data para tecer elogios à petista, "presidenta de mãos limpas".

    "[Dilma] sempre esteve do lado certo, lutando pelas causas justas e necessárias. (...) Agora o destino a coloca diante do que talvez seja o maior desafio de sua vida e ela novamente está do lado certo: do lado da Constituição", escreveu Jaques Wagner (Casa Civil) em sua conta oficial. "Mulher valente, guerreira da democracia, presidenta de mãos limpas", encerrou ele.

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    PREFEITOS EM REUNIÃO COM PRESIDENTE:

    • Porto Alegre - José Fortunati (PDT)
    • Curitiba - Gustavo Fruet (PDT)
    • São Paulo - Fernando Haddad (PT)
    • Rio de Janeiro - Eduardo Paes (PMDB)
    • João Pessoa - Luciano Cartaxo (PSD)
    • Natal - Carlos Eduardo Alves (PDT)
    • São Luis- Edivaldo Holanda Junior (PDT)
    • Fortaleza - Roberto Cláudio (PDT)
    • Campo Grande - Alcides Bernal (PP)
    • Palmas - Carlos Amastha (PSB)
    • Goiânia - Paulo Garcia (PT)
    • Rio Branco - Marcus Alexandre (PT)
    • Boa Vista - Teresa Surita (PMDB)
    • Macapá - Clécio Luis (ex-Psol)
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