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    Não tem ninguém do PMDB preso, diz Eliseu Padilha sobre operações da PF

    FLÁVIA FOREQUE
    DANIELA LIMA
    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    15/12/2015 12h56

    Ex-ministro da Aviação Civil e um dos auxiliares mais próximos do vice-presidente Michel Temer, Eliseu Padilha (PMDB) minimizou nesta terça-feira (15) o impacto em seu partido da Operação Catilinárias, nova fase da Lava Jato.

    "Tem muita gente presa já, e não tem ninguém preso do PMDB. É um processo que está em andamento, não vejo nada demais", afirmou nesta terça, após encontro com o vice.

    Ele disse que o partido apoia a ação da PF e diz ter "certeza absoluta" de que as ações de busca e apreensão desta terça não causam "nenhum tipo de preocupação" ao PMDB.

    A ação envolveu buscas na casa do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).

    "O PMDB existe nas 27 unidades da federação brasileira, é o maior partido do Brasil. Temos alguns nomes que estão sendo investigados, por enquanto só investigados. Não tem ninguém nosso preso", frisou.

    Na segunda (7), a Casa Civil oficializou a saída de Eliseu Padilha do governo depois que indicação feita por ele para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) foi retirada pelo próprio Palácio do Planalto.

    Sua saída do governo foi vista pelo Planalto como primeira sinalização de que o grupo de Temer pode desembarcar do governo num momento em que foi aceito o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

    As investigações da operação Lava Jato resultaram na prisão de empresários e políticos —entre eles o senador do PT Delcídio do Amaral (MT).

    Desde a manhã desta terça, Temer está reunido com deputados da legenda, que já demonstraram posição favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Entre eles, estão os congressistas Osmar Terra (RS), Lelo Coimbra (ES) e Baleia Rossi (SP).

    'FRAGILIZADOS'

    Líder do PMDB do Senado, Eunicio Oliveira (CE) disse nesta terça-feira (15) que seu partido, "como instituição, não está sendo investigado". Eunicio, que é próximo a Renan e ao Palácio do Planalto, reconheceu no entanto que a ofensiva das apurações fragiliza pessoalmente membros da sigla.

    "Todas as pessoas sob investigação ficam fragilizadas. Mas o partido, como instituição, não está sendo investigado", ponderou. Além de Renan e Cunha, dois ministros do PMDB foram alvo de ações da Polícia Federal nesta manhã.

    O partido ainda não decidiu se soltará uma nota comentando os atos.

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