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    o impeachment

    Juiz concede prisão domiciliar para almirante acusado de receber propina

    MARIO CESAR CARVALHO
    DE SÃO PAULO

    16/12/2015 11h51

    Alan Marques - 22.mar.11/Folhapress
    O presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, em imagem de 2011
    O presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, em imagem de 2011

    O almirante Othon Luiz Pinheiro, preso desde 28 de julho pela Operação Lava Jato, vai passar o Natal em casa. O juiz federal Marcelo da Costa Bretas, do Rio de Janeiro, decidiu nesta quarta (16) que ele deverá ser transferido para prisão domiciliar, sem tornozeleira eletrônica.

    O juiz mencionou duas razões para a transferência prisão a prisão domiciliar na audiência realizada na manhã desta quarta: a idade do almirante, que tem 74 anos, e fato de a mulher dele ter Alzheimer, uma doença que requer cuidados constantes.

    O almirante, considerado uma das maiores autoridades mundiais em física nuclear, foi presidente da Eletronuclear da 2007 a 2014 e acabou preso da 16ª fase de Operação Lava Jato, chamada de Radioatividade, sob acusação de receber R$ 4,5 milhões de propina.

    O dinheiro veio de empresas que fizeram um acerto para construir a usina nuclear Angra 3, um contrato de R$ 2,9 bilhões só em obras civis –este contrato não inclui reator e outros equipamentos para a usina.

    Duas empresas que fizeram acordos com a Justiça já mencionaram o pagamento de suborno do caso de Angra 3: Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

    O juiz Costa Bretas recebeu o processo da Eletronuclear depois de o Supremo Tribunal Federal decidir em 29 de outubro que o caso não guardava relações com a Petrobras, o principal alvo da Operação Lava Jato. Como a Eletronuclear fica no Rio, o caso foi transferido para a Justiça federal de lá.

    O juiz Costa Bretas é considerado pelos advogados que atuam no caso tão duro quanto Sergio Moro, que julgava originalmente a ação penal.

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