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    o impeachment

    Entidades pró-Dilma condicionaram ato a crítica à política econômica

    REYNALDO TUROLLO JR.
    CÁTIA SEABRA
    PAULA REVERBEL
    DE SÃO PAULO

    16/12/2015 17h47

    Paula Reverbel/Folhapress
    Leg: Manifestantes da CUT em ato pró-DilmaCrédito: Paula Reverbel/Folhapress
    Manifestantes da CUT em ato pró-Dilma e contra o impeachment em São Paulo, nesta quarta-feira (16)

    Movimentos sociais e entidades presentes na manifestação de apoio à presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (16), condicionaram sua participação nos atos à crítica ao ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma Rousseff.

    Inicialmente, segundo a Folha apurou com diferentes movimentos, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), mais próximos do PT, eram contrários à crítica ao governo durante as movimentações.

    No entanto, outras entidades presentes, como MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Intersindical (ligada ao PSOL) e Frente Povo Sem Medo —que articula vários grupos—, condicionaram sua participação à possibilidade de realizar a crítica.

    Mesmo durante a concentração para o ato, na avenida Paulista, as duas correntes têm entrado em conflito, na disputa por espaço e por tempo de fala, por exemplo. O temor da ala mais crítica ao governo é que o movimento pareça "chapa-branca".

    Ao dar ênfase às críticas ao governo, mas manifestando-se contra o impeachment, essa ala tem a expectativa de "ativar" militantes que têm demonstrado relutância em ir para as ruas defender um governo que, em sua interpretação, afastou-se das causas da esquerda.

    "Não temos disposição nenhuma de defender o governo, mas temos disposição de evitar retrocessos. O 'Plano Temer' e o Eduardo Cunha representam retrocessos, e o impeachment está articulado com os setores mais conservadores da sociedade", diz Guilherme Boulos, coordenador do MTST e colunista da Folha.

    Por sua vez, Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que a política econômica é também de responsabilidade de Michel Temer. "Foi uma chapa eleita. Presidente e vice". Ele diz que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deveria estar fora do governo. "Mas não adianta mudar o ministro se mantiver a política."

    Acompanhe ao vivo as manifestações a favor de Dilma em todo o país.

    Mapa dos protestos anti-impeachment

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