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    Tucanos discutem reação a aceno de Alckmin para Doria à prefeitura de SP

    THAIS ARBEX
    DE SÃO PAULO

    17/12/2015 14h36

    Zanone Fraissat/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 15-12-2015 : Jantar em homenagem a Joao Doria Jr. na casa do presidente da Riachuelo Flavio Rocha. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress, MONICA BERGAMO) ***EXCLUSIVO FOLHA****
    O empresário João Doria Jr, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo

    Depois da sinalização de apoio do governador Geraldo Alckmin à pré-candidatura de João Doria Jr. a prefeito de São Paulo pelo PSDB, tucanos históricos passaram a discutir uma reação à manifestação pública do governador.

    "Temos vários candidatos no partido com tradição política. O único candidato que não tem essa tradição, que não é compatível com a história política do partido e com a história política da cidade é João Doria", disse um integrante da direção nacional do PSDB, que pediu para não ser identificado.

    Doria disputa a indicação do partido com o vereador Andrea Matarazzo, que tem o apoio de caciques como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra. Os deputados federais Bruno Covas e Ricardo Tripoli, além de José Anibal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, também pretendem lançar um nome em conjunto para a disputa interna.

    Nesta quinta (17), os três se reúnem para avaliar a possibilidade de se pronunciarem publicamente contra o movimento pró-Doria. A interlocutores, o trio disse pretender deixar claro que não apoiam o empresário.

    "O que todo mundo defende é a unidade do partido em torno de um nome que seja escolhido pela maioria", afirmou um tucano.

    Depois do encontro desta quinta, eles querem ainda discutir a reação com Matarazzo e também com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, que se filiou ao PSDB nesta quarta (16).

    'CRISTÃO NOVO'

    Na avaliação de integrantes do partido, com a filiação de Alexandre de Moraes, o governador "tenta virar a página" da declaração de apoio a Doria, que o indispôs com caciques, com a militância tucana e com seus auxiliares mais próximos no Palácio dos Bandeirantes.

    "Depois de sinalizar apoio ao Doria, o governador filia Alexandre de Moraes para embolar ainda mais o jogo da disputa interna", avalia um tucano.

    A saído do secretário do PMDB rumo ao PSDB vinha sendo articulada pela ala do partido ligada a Alckmin desde agosto. A intenção do grupo era a de lançá-lo como o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, mas as seguidas pautas negativas ligadas à segurança fizeram o governador colocar o pé no freio.

    No início do mês, Alckmin chegou a dizer a interlocutores que já não via mais possibilidade de colocar Alexandre de Moraes na disputa de 2016. Segundo ele, seria muito difícil convencer o PSDB a aceitar um "cristão novo".

    A filiação de Alexandre de Moraes foi validada por Alckmin logo depois de os dois participarem juntos de um evento da Polícia Militar, nesta quarta (16). Pouco antes de Moraes assinar o documento, o governador havia dito publicamente que a "missão" do secretário é continuar na Segurança.

    "O Alexandre de Moraes faz um trabalho muito importante na Secretaria da Segurança Pública, trabalho notável, reconhecido. Acho que ele tem uma missão importante neste momento", disse o governador ao lado de Moraes.

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