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    Lava Jato

    STF nega habeas corpus a ex-advogado de Cerveró preso junto a Delcídio

    DE BRASÍLIA

    30/12/2015 11h37

    O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, negou pedido de soltura feito em habeas corpus de Edson Ribeiro, advogado preso sob acusação de interferir nas investigações da Operação Lava Jato.

    A defesa de Edson Ribeiro, representada pelo advogado Marcos Crissiuma, havia questionado decisão do ministro Teori Zavascki que já tinha negado a soltura de Edson. O pedido de habeas corpus durante o recesso do Supremo é apreciado por Lewandowski, que manteve o entendimento de Teori.

    José lucena/Futura Press/Folhapress
    O advogado Edson Ribeiro é preso pela PF no Rio ao desembarcar de um voo proveniente dos EUA
    O advogado Edson Ribeiro é preso pela PF no Rio ao desembarcar de um voo proveniente dos EUA

    "Verifico não haver fundamentos suficientes para afastar as razões de indeferimento do pedido de revogação da prisão preventiva do ora paciente, nos autos da Ação Cautelar (AC) 4036, cumprindo-se salientar que o plantão de recesso forense não oferece oportunidade de reapreciação de pedidos já examinados e indeferidos pelo juiz natural, diante do que dispõe o artigo 13, VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", escreveu o presidente do Supremo na decisão.

    Ribeiro foi preso em 27 de novembro, por causa de um pedido da Procuradoria Geral da República ao Supremo, sob o argumento de que Ribeiro, que advogou para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, participava de uma trama junto ao senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também preso, para manipular a delação de Cerveró.

    Os investigadores obtiveram uma gravação de reunião do filho de Cerveró, Bernardo, com Ribeiro, Delcídio e o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, também preso. Nela, Delcídio discutia um suposto auxílio mensal de R$ 50 mil para a família de Cerveró em troca de não ser citado na delação.

    O senador, segundo as investigações, prometia que o auxílio mensal seria pago pelo banqueiro André Esteves, que foi preso mas obteve a soltura depois que Teori entendeu que não foram encontradas, nas buscas em seus endereços, provas cabais da sua relação com a trama.

    Segundo o advogado Marcos Crissiuma, o habeas corpus argumenta que Edson Ribeiro já se afastou temporariamente da advocacia e a delação de Cerveró já foi assinada, não existindo mais razões para que seja mantido preso.

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