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    o impeachment

    PF aponta cortes de R$ 151 mi e diz aguardar recomposição orçamentária

    DE BRASÍLIA

    06/01/2016 20h42

    A Polícia Federal emitiu nota oficial na noite desta quarta-feira (6) em que afirma ter sofrido um corte orçamentário de R$ 151 milhões.

    De acordo com a PF, o Ministério do Planejamento informou a representantes do Ministério da Justiça que vai "providenciar a recomposição" das perdas, após a aprovação da Lei Orçamentária Anual.

    Ainda segundo o texto enviado pela corporação, o Ministério da Justiça solicitou que a pasta do Planejamento repusesse o corte, "para que não ocorra nenhum prejuízo às operações e projetos de melhoria e desenvolvimento".

    Procurado pela Folha, o Planejamento adiantou que uma "eventual" recomposição de créditos só será reavaliada na segunda quinzena deste mês.

    "A lei orçamentária [...] deverá ainda ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff até o dia 14 de janeiro. Assim, somente após a sanção presidencial, poderá ser avaliada, conjuntamente pelo Ministério do Planejamento e pelo Ministério da Justiça, eventual recomposição de créditos", informou a assessoria de imprensa do ministério.

    OPERAÇÕES

    Nesta quarta, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse que o pano de fundo sobre o corte no orçamento da Polícia Federal é a discussão salarial da categoria e reafirmou que não há risco de que as operações sejam afetadas.

    Cardozo disse que, antes de ter sido divulgada a carta da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) tratando do risco da tesourada no orçamento, já havia discutido alternativas para garantir a atuação da PF, como remanejar recursos de outras áreas.

    "Na verdade, sempre que tem negociação salarial surge o sucateamento, isso é uma estratégia sindical que eu discordo, mas cada um tem autonomia para fazer o que quer, desde que não falseie a verdade. Nunca se passou a menor hipótese de ter cortes nas operações, especialmente na Lava Jato. Não existe essa hipótese. Isso é um factoide", disse.

    O ministro afirmou que cabe ao Ministério do Planejamento as tratativas sobre um eventual aumento para os policias, mas indicou que haverá dificuldades diante da crise financeira que o o país enfrenta. "Para dialogar com a sociedade, é mais fácil você falar de Lava Jato do que dizer que uma carreira que pode pleitear aumento legitimamente, mas começa com R$ 16 mil inicial e vai a R$ 22 mil, sem contar com as vantagens, não é tão fácil discutir num momento de crise. É uma estratégia, eu respeito", afirmou.

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