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    Tucanos querem investir em agenda social nas eleições municipais

    DANIELA LIMA
    DE BRASÍLIA

    07/02/2016 02h00

    Pedro Ladeira - 17.dez.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 17-12-2015, 12h00: O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), durante entrevista exclusiva em seu gabinete no senado federal. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) ***ESPECIAL*** ***EXCLUSIVO***
    Opresidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG) em seu gabinete no senado federal

    Principal partido de oposição à presidente Dilma Rousseff, o PSDB definiu o discurso que irá adotar daqui até as eleições municipais para se defender das cobranças de que, mesmo com o agravamento da crise, aposta no "quanto pior, melhor".

    A sigla vai martelar que o governo não pode cobrar apoio de seus adversários para temas controversos, como a reforma da Previdência, quando nem mesmo sua base no Congresso demonstra simpatia a essas medidas.

    A disposição do presidente nacional tucano, senador Aécio Neves (MG), é blindar a oposição dos debates que nem sequer contam com o apoio do PT. Os petistas já se manifestaram contra o projeto de reforma da Previdência sugerido pelo governo.

    A cúpula do PSDB pretende explorar a descoordenação do governo com o Congresso nas eleições municipais. A determinação da sigla é "nacionalizar" a argumentação nas disputas pelas principais prefeituras do país.

    Na tentativa de orientar o discurso dos candidatos da sigla, os tucanos encomendaram uma série de pesquisas sobre o cenário nacional.

    Os resultados já entregues ao partido deram uma linha de defesa a ser adotada: houve retrocesso na qualidade de vida. "O PT está devolvendo as pessoas que tiveram alguma ascensão social ao patamar onde estavam há 13 anos e num cenário muito pior do que o anterior", disse Aécio recentemente.

    Além do desgaste econômico, as pesquisas apontam que o PT perdeu o embate no campo "moral".

    Restaria ao partido, agora, apostar no debate sobre o olhar direcionado para o social, algo que o PSDB também quer atacar. Os tucanos vão organizar dois seminários antes das eleições, um deles sobre educação.

    SÃO PAULO

    A estratégia, porém, pode esbarrar num problema antigo da sigla, a divisão interna. Não há consenso na cúpula sobre qual posição adotar em locais estratégicos, como São Paulo e Belo Horizonte.

    Aécio pretende não se envolver na disputa interna na capital paulista, onde estão no páreo Ricardo Trípoli, Andrea Matarazzo (preferido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador José Serra) e João Doria Júnior (favorito do governador Geraldo Alckmin).

    Já em Belo Horizonte, berço político de Aécio, há indefinição sobre o nome que vai assumir a disputa.

    O tucano fechou uma aliança com o atual prefeito Márcio Lacerda (PSB), mas seu nome preferido para a eleição, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), já avisou que não pretende concorrer ao cargo.

    Nesse cenário, Márcio Lacerda tem defendido a escolha de um nome "técnico, de fora da política" para sua sucessão, o que esbarra nos interesses de caciques do PSDB em Minas Gerais.

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