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    Alckmin diz acreditar na inocência do presidente da Assembleia Legislativa

    FELIPE SOUZA
    DE SÃO PAULO

    12/02/2016 12h49 - Atualizado às 13h25

    Zanone Fraissat/Folhapress
    Fernando Capez (PSDB), o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad em evento
    Fernando Capez (PSDB), o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad em evento

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira (12) que acredita na inocência do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), em relação às investigações da máfia da merenda.

    "Eu acredito. É um promotor público e tem uma história de 30 anos no Ministério Público", afirmou Alckmin, ao comentar as suspeitas levantadas contra Capez.

    Deflagrada em 19 de janeiro, a Operação Alba Branca investiga desvio de dinheiro público destinado à compra de merenda escolar. De acordo com as investigações, cooperativas que atuam com agricultura familiar superfaturavam itens da merenda fornecidos em contratos com municípios e com o governo do Estado.

    A Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), de Bebedouro (SP), já admitiu que pagava propina a agentes públicos em troca de contratos. As comissões variavam de 10% a 30% sobre o valor do contrato.

    Alckmin disse em agenda conjunta com o prefeito Fernando Haddad (PT), no distrito de Marsilac (extremo sul da capital), que é necessária uma boa investigação do caso. "É importante fazer uma apuração séria o mais rápido possível para quem for culpado ser condenado e quem não for culpado ser inocentado. Eu acho que é isso que a sociedade quer", disse o governador.

    Um contrato com a Secretaria da Educação do Estado, para fornecimento de R$ 8,5 milhões em suco de laranja para a merenda, está na mira das apurações. Há indícios contra dois ex-chefes de gabinete de duas secretarias do governo Alckmin –da Casa Civil e da Educação.

    Fernando Capez, que também foi à agenda na zona sul, disse que é inocente e que está ajudando nas investigações.

    "Tudo o que eu posso dizer é que nós estamos colaborando para a verdade aparecer o mais rápido possível. Eu sou vítima e estou sendo tratado como suspeito. Eu não conheço nenhuma dessas pessoas e não fiz nada do que está sendo dito", disse Capez.

    O presidente do Legislativo foi apontado como destinatário de propina pelo ex-presidente da Coaf, Cássio Chebabi, em depoimento à polícia e ao Ministério Público. Além dele, são mencionados em grampos telefônicos os deputados federais Baleia Rossi (PMDB), Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD).

    O ex-dirigente da cooperativa também apontou o tucano Duarte Nogueira, hoje secretário de Logística e Transportes, como envolvido no esquema. Todos negam participação em irregularidades.

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