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    o impeachment

    Testemunhas reforçam elo de amigo de Lula a sítio em Atibaia, diz 'JN'

    DE SÃO PAULO

    13/02/2016 21h33

    Testemunhas ouvidas pelo Ministério Público de São Paulo reforçam a relação entre o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal do ex-presidente Lula preso desde outubro na Operação Lava Jato, com a reforma realizada no sítio em Atibaia (SP).

    O "Jornal Nacional" revelou na noite deste sábado (13) trechos de depoimentos dessas testemunhas.

    O imóvel, atribuído ao ex-presidente Lula, foi visitado por ele e sua família 111 vezes e é alvo de investigação de procuradores e da Polícia Federal.

    Um deles foi concedido pelo engenheiro Emerson Cardoso Leite, que relatou ter recebido uma ligação de Bumlai pedindo a indicação de um profissional para a execução de uma reforma em um sítio em Atibaia.

    Leite disse que, como não atuava com reformas de casas, solicitou a um colega de trabalho a contratação de um arquiteto.

    O profissional escolhido para cuidar das obras foi Igenes dos Santos Irigaray Neto, como a Folha revelou no início deste mês.

    No depoimento, o engenheiro também relatou que o tempo para realizar a reforma era curto e que "Bumlai ligou agressivamente reclamando que a obra não progredia". Também disse que "tem quase certeza, por conta de informações do próprio Bumlai, quem tocaria a reforma seria a construtora OAS".

    O arquiteto Irigaray Neto também foi ouvido pelo Ministério Público paulista e confirmou que havia pressa na execução da obra, mas disse que não teve contato com os donos da propriedade.

    O "JN" também ouviu um motorista que trabalhou como carpinteiro no sítio de Atibaia durante a reforma.

    Segundo ele, "mais de cem pessoas" trabalharam no local, sendo que muitos eram estrangeiros. "Não falavam a nossa língua, paraguaio, boliviano era esse tipo de gente", afirmou.

    INVESTIGAÇÃO

    No fim de janeiro, a Folha publicou entrevista com a ex-dona da loja que forneceu material de construção para obras realizadas no sítio a partir de outubro de 2010, quando Lula ainda era presidente. Segundo ela, a construtora Odebrecht bancou a maior parte da reforma.

    Após a reportagem, a força-tarefa da Lava Jato passou a investigar a ligação da Odebrecht com as obras no sítio.

    A Folha também informou que testemunhas ligadas às obras indicaram que as reformas no imóvel foram financiadas por uma espécie de consórcio informal que incluiu, além da Odebrecht, a empreiteira OAS e a Usina São Fernando, ligada a Bumlai.

    A assessoria de Lula tem afirmado que o ex-presidente frequenta o sítio de seus amigos em dias de descanso e que tal fato não pode ser relacionado a atos ilícitos.

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