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    o impeachment

    Oposição e Cunha articulam convocação do ministro da Saúde

    RANIER BRAGON
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    16/02/2016 13h32

    Evaristo Sa/AFP
    O ministro da Saúde, Marcelo Castro, deputado federal licenciado pelo PMDB-PI
    O ministro da Saúde, Marcelo Castro, deputado federal licenciado pelo PMDB-PI

    Com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os partidos de oposição vão apresentar nesta terça-feira (16) em plenário requerimento de convocação do ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), para que ele dê explicações sobre a epidemia do vírus da zika.

    A ação tem o objetivo de constranger o ministro, que, com o aval de Dilma Rousseff, pode deixar o cargo nesta quarta (17) para reassumir o cargo de deputado federal e votar na eleição do líder da bancada do PMDB.

    "Esse é o resultado de a Dilma ter entregue o ministério da Saúde para um partido. E agora liberar o ministro, em meio a toda essa crise na saúde, para tratar de um projeto menor", afirmou o líder da bancada do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), após reunião com DEM, PPS e Solidariedade.

    "Vamos ver o que ele tem a dizer ao plenário da Câmara. Em meio a essa crise, ele deixa o cargo para vir votar em disputa de liderança de partido?", questionou o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), segundo quem o requerimento foi combinado com Cunha.

    Castro pode reassumir o mandato para votar em Leonardo Picciani (RJ), o candidato do Planalto a líder do PMDB, que trava uma acirrada disputa com Hugo Motta (PB), candidato de Eduardo Cunha.

    A disputa tem importância que ultrapassa as fronteiras partidárias. Uma vitória de Motta –e, consequentemente, de Cunha–, tende a reforçar o movimento favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.

    PROJETOS

    A oposição também alinhavou um discurso unificado contra projetos que resultem em aumento de impostos, como o da recriação da CPMF. Mas disse que discutirá caso a caso os temas que entrarem em votação, sinalizando que pontualmente pode haver convergência entre governo e oposição.

    "Seu aumento de imposto, sem CPMF, qualquer proposta que venha do governo e não seja mera peça de marketing, e que tenha apoio do PT e da base, iremos analisar", afirmou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).

    No encontro, realizado na Liderança do DEM na Câmara, não foi discutida a situação de Cunha.

    Para impulsionar o impeachment, a oposição mantém o diálogo de bastidor com o peemedebista, embora publicamente defenda seu afastamento do cargo devido à acusação de que ele participou do esquema de corrupção da Petrobras.

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