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    o impeachment

    Ministro da Saúde é alvo de protesto contido, mas diz não ver desgaste

    RANIER BRAGON
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    17/02/2016 15h25

    Ranier Bragon
    Grupo protesta contra Marcelo Castro (PMDB-PI), que deixou o Ministério da Saúde temporariamente
    Grupo protesta contra Marcelo Castro (PMDB-PI), que deixou o Ministério da Saúde temporariamente

    Com a presença de dois ministros do governo Dilma Rousseff e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o PMDB iniciou pouco após as 15h desta quarta-feira (17) a votação para a escolha do líder da bancada na Câmara dos Deputados.

    O clima de acirramento se mostrou logo no início, com um protesto patrocinado por setores da oposição que jogaram mosquitos de papel na entrada do plenário onde é realizada a votação.

    A manifestação tem como foco o ministro Marcelo Castro (Saúde), que deixou o cargo por um dia para reassumir o mandato e votar no candidato do Palácio do Planalto, Leonardo Picciani (RJ). Ele disputa com Hugo Motta (PB), nome bancado por Cunha.

    O resultado dessa eleição ultrapassa as fronteiras partidárias. Uma vitória de Picciani irá arrefecer o movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff, além de aumentar a pressão pela saída de Cunha –denunciado no esquema do petrolão– do comando da Câmara. Uma vitória de Motta deve ter efeito oposto –reforça a posição política de Cunha e a pressão pelo impeachment da presidente.

    Na chegada ao plenário, Marcelo Castro negou haver desgaste com sua decisão, em meio à epidemia do vírus da zika no país. "O povo entende que eu sou o único deputado do PMDB do Piauí, e que o Piauí não pode ficar de fora dessa decisão importante, que é o fortalecimento da ala do PMDB que apoia o governo Dilma".

    Castro negou que vá deixar o ministério de Dilma em caso de derrota, pressão que será exercida pela ala peemedebista liderada por Cunha. Segundo o ministro, Dilma não o pediu para votar na eleição, mas apoiou a sua decisão. Também estava presente na reunião o ministro Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), que também é uma indicação do PMDB para o governo Dilma.

    A votação para a liderança do PMDB, que é o maior partido da Câmara, com 71 cadeiras, é secreta. O resultado deve ser divulgado até o final da tarde desta quarta.

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