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    Possibilidades de FHC ser processado por dinheiro a ex são pequenas

    DE SÃO PAULO

    20/02/2016 02h00 - Atualizado às 12h02
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    Bruno Santos/Folhapress/Reprodução/Youtube
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a jornalista Miriam Dutra
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a jornalista Mirian Dutra

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem chances remotas de responder a um processo por ter usado, supostamente, uma empresa para remeter recursos para a jornalista Mirian Dutra, segundo cinco advogados ouvidos pela Folha. Os dois tiveram relacionamento extraconjugal por seis anos.

    O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse nesta sexta (19) que técnicos da pasta estudavam se houve crime na versão contada pela jornalista.

    Mirian relatou essa versão em entrevista à Folha, na última quinta (18). Ela conta que assinou um contrato fictício de consultoria com a Brasif, que operava free shops em aeroportos no Brasil e no exterior, para que FHC lhe enviasse recursos mensais para custear despesas do filho dela.

    Mirian diz que Tomás Dutra Schmidt é filho de FHC. O ex-presidente afirma, no entanto, que dois exames de DNA não provaram a paternidade.

    A Brasif diz ter usado uma subsidiária na Inglaterra, a Eurotrad Ltd., para fazer os pagamentos à jornalista. De acordo com comunicado da empresa, FHC "não teve qualquer participação nessa contratação, tampouco fez qualquer depósito na Eurotrade ou em outra empresa da Brasif".

    Se a remessa a Mirian tivesse sido feita a partir do Brasil, poderia caracterizar crime de evasão fiscal.

    Usar um motivo falso para justificar a remessa caracteriza crime de evasão de divisas, segundo cinco criminalistas e tributaristas consultados pela Folha.

    FHC disse ter feito outras remessas a Tomás "a partir de contas bancárias declaradas e com recursos próprios resultantes de seu trabalho". Ainda segundo ele, "não tem fundamento, portanto, qualquer ilação de ilegalidade".

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