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    Lava Jato

    Operação complica defesa de dono da Odebrecht

    GRACILIANO ROCHA
    ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

    22/02/2016 23h55

    Giuliano Gomes/Folhapress
    O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso desde o ano passado na Lava Jato
    O presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso desde o ano passado na Lava Jato

    Focada em pagamentos no exterior ao marqueteiro João Santana, a fase Acarajé da Lava Jato trouxe complicações adicionais às defesas de Marcelo Odebrecht e de executivos do conglomerado, presos desde o ano passado.

    No centro da acusação contra eles estão documentos bancários enviados pela Suíça que apontam a existência de uma rede de pagamentos de propinas por meio de empresas em paraísos fiscais.

    Duas destas empresas, a Klienfeld e a Constructora Del Sur, funcionaram como escala para o dinheiro que abasteceu contas secretas de altos dirigentes da Petrobras na Suíça e em Mônaco. Até agora os investigadores tinham indicações, mas nada que ligasse a Odebrecht diretamente a essas offshores.

    A Polícia Federal achou em uma conta de e-mail usada por Fernando Migliaccio, outro executivo da empresa, planilha relacionando pagamento da Klienfeld a João Santana assim como comprovantes de transferências desta offshore e da Del Sur.

    Segundo a PF, estes documentos bancários foram escaneados em um escritório da Odebrecht e circularam por e-mail corporativo do grupo antes de cair no e-mail de Migliaccio.

    Procurada, Odebrecht não quis se pronunciar por não conhecer os termos dos inquéritos que originaram a operação.

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