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    Renan procurará Cunha para pedir que pauta legislativa não fique paralisada

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    25/02/2016 14h09

    Empenhado em criar uma agenda positiva de propostas legislativas para este ano, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (25) que irá procurar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para fazer um apelo ao colega para que os projetos que forem aprovados pelos senadores não fiquem parados na Câmara.

    Apesar de conduzir as sessões normalmente, Cunha tem postergado a análise de propostas de interesse do governo, como a da DRU (Desvinculação de Receitas da União) e a recriação da CPMF. "Eu vou conversar com ele para fazer um apelo para que ele possa se dedidcar a essa agenda expressa de interesse do Brasil. Poderemos ter uma comissão bicameral para dar andamento", disse Renan ao chegar ao Senado nesta manhã.

    Desde a semana passada, o peemedebista tem conversado com todos os blocos partidários, tanto da base governista quanto da oposição, para recolher as indicações dos senadores sobre as prioridades de votação de cada grupo. Segundo Renan, uma agenda conjunta será apresentada na próxima semana.

    O presidente do Senado quer agilizar os trabalhos da Casa no primeiro semestre em virtude das eleições municipais que acontecerão no segundo semestre deste ano. Tradicionalmente, o Congresso esvazia os seus trabalhos neste período para que os parlamentares possam se candidatar ou apoiar correligionários.

    "Vamos anunciar uma agenda expressa que procura dar relevância e agilidade para questões de interesse nacional. O país não pode esperar. A sociedade cobra que tenhamos soluções ágeis. O Congresso não pode esconder sua cabeça embaixo do tapete. Muitos desses temas são controversos, dividem pontos de vista, mas temos que votar", disse.

    PRÉ-SAL

    Renan também comemorou a aprovação, nesta quarta (24), do projeto que acaba com a obrigatoriedade da Petrobras de manter uma participação mínima de 30% nos consórcios de exploração do pré-sal. O texto teve apoio do governo para ser aprovado.

    O projeto, que agora segue para a Câmara, retira a condição da Petrobras de ser a operadora única do pré-sal. Na prática, ele cria condições para que empresas estrangeiras participem sozinhas dos próximos leilões.

    "É um projeto patriótico porque não paralisa a Petrobras neste momento de crise. A Petrobras montou quase um passivo de R$ 500 bilhões e a obrigatoriedade para ser operadora única, com pelo menos 30%, significa inviabilizar as atividades. Nós preservamos o interesse estratégico da Petrobras, ela dirá qual é o bloco de exploração que vai interessar à empresa e, a partir daí, manda para o conselho e depois submete à presidente da República. Acho que isso foi uma boa decisão que inclusive contou com a simpatia do governo", afirmou.

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