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    operação zelotes

    André Gerdau nega envolvimento em corrupção investigada na Zelotes

    FLÁVIO FERREIRA
    DE SÃO PAULO

    25/02/2016 16h39

    Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
    André Gerdau (à dir.) se apresenta à Polícia Federal em São Paulo
    André Gerdau (à dir.) se apresenta à Polícia Federal em São Paulo

    O presidente do grupo Gerdau, André Gerdau, negou o envolvimento em atos de corrupção em processos do Carf investigados na operação Zelotes, em depoimento à Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (25), segundo a defesa do empresário.

    O criminalista Arnaldo Malheiros, advogado de Gerdau, disse que o empresário "esclareceu que a empresa não sonegou nada, apenas recebeu autos de infração e recorreu na forma da lei. E não teve êxito nenhum até agora".

    Segundo Malheiros, "se houve alguma coisa por parte de advogados ele [Gerdau] acha estranho, uma vez que o único caso julgado em definitivo foi contra a Gerdau".

    Gerdau foi à superintendência da PF em São Paulo acompanhado de seus advogados em cumprimento a um mandado de condução coercitiva expedido pela Justiça na sexta fase da operação Zelotes. O depoimento durou cerca de 45 minutos e Gerdau não respondeu às perguntas dos jornalistas ao deixar o prédio da PF em São Paulo.

    Segundo a PF, mesmo após o prosseguimento da operação, o Grupo Gerdau continuou praticando crimes junto ao Conselho, entre eles de advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

    Os investigadores estimam que o grupo empresarial, com atividade em 14 países, tenha tentado sonegar R$ 1,5 bilhão, pagando propina a integrantes do Carf. O valor se refere às suspeitas envolvendo dois processos.

    Malheiros disse que a Gerdau não apurou internamente nenhum indício de que os advogados que ela contratou para atuar no Carf estivessem envolvidos em atos de corrupção.

    "Ele não contratou ninguém para corromper ninguém. Contratou consultorias para auxiliar na exposição dos argumentos, dos fatos, era uma causa de valor muito grande. A linha da empresa foi a de se cercar da melhor assessoria possível", disse o defensor.

    De acordo com o criminalista, "foram feitas perguntas sobre a organização interna do Carf, e a respeito disso ele [Gerdau] não tem qualquer conhecimento".

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