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    operação zelotes

    Em dia de operação da PF, Jorge Gerdau vai a reunião no Planalto

    GUSTAVO URIBE
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    25/02/2016 20h56

    Divulgação
    O empresário Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, durante evento sobre empreendedorismo
    O empresário Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, durante evento sobre empreendedorismo

    No dia em que a Polícia Federal deflagrou operação contra o Grupo Gerdau, o presidente do conselho de administração da companhia siderúrgica, Jorge Gerdau, teve reunião no Palácio do Planalto.

    O empresário, cujo filho teve de prestar depoimento no rastro da Operação Zelotes, participou de encontro com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Armando Monteiro (Desenvolvimento e Indústria) para discutir a crise no setor siderúrgico no país.

    Segundo relatos de presentes, o fundador do grupo empresarial permaneceu com semblante sério durante todo o encontro, mas aparentou tranquilidade, apesar da operação da Polícia Federal.

    O mandado coercitivo expedido contra André Gerdau, presidente da companhia siderúrgica e filho de Jorge Gerdau, não foi tratado no encontro. O empresário chegou e saiu da reunião na companhia de Armando Monteiro.

    Na manhã desta quinta-feira (25), com o boato de que Jorge Gerdau teria de prestar depoimento à Polícia Federal, o Palácio do Planalto chegou a temer de que ele não participaria da reunião, o que foi desmentido posteriormente.

    Além dele, participaram do encontro o diretor-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, e o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

    O setor siderúrgico tem pedido aumento de alíquota de importação de aço, mas o governo federal tem resistido.

    Em depoimento, André Gerdau negou o envolvimento em atos de corrupção em processos do Carf investigados na Operação Zelotes.

    A Polícia Federal constatou que o Grupo Gerdau continuou praticando crimes junto ao conselho de administração, entre eles de advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

    Os investigadores estimam que o grupo empresarial, com atividade em 14 países, tenha tentado sonegar R$ 1,5 bilhão, pagando propina a integrantes do Carf. O valor se refere às suspeitas envolvendo dois processos.

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