O PSDB chega rachado às urnas neste domingo (28), quando será realizado o primeiro turno das prévias que definirão o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo.

Concorrem à vaga o empresário e apresentador de TV João Doria, o vereador Andrea Matarazzo e o deputado federal Ricardo Tripoli. Os três disputam a preferência dos 27 mil filiados ao partido na capital aptos a votar.

Novato em disputas eleitorais, Doria foi acusado de ter cooptado militantes em busca de votos mediante pagamento. O empresário nega.

A declaração de apoio do governador Geraldo Alckmin a Doria no início de dezembro escancarou a divisão do partido. O governador, que evitava tecer comentários sobre a disputa interna pela sucessão municipal de 2016, vê Doria como o único dos três pré-candidatos comprometido com o seu projeto de concorrer à Presidência em 2018.

Em um gesto de fidelidade ao governador, apoiadores de Doria transformaram o evento de encerramento de sua pré-campanha em um ato de apoio ao projeto "Alckmin presidente".

Parlamentares e secretários de Estado entoaram o discurso de que a vitória de Doria na eleição para a Prefeitura de São Paulo é o "primeiro passo para a vitória do partido no Brasil em 2018, com Alckmin presidente".

Outros nomes do PSDB cotados para disputar a Presidência em 2018 são os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP).

Embora caciques tucanos tenham entrado em campo para tentar demover Alckmin de sua posição, o governador manteve o apoio ao empresário. À contragosto de seus principais auxiliares no Palácio dos Bandeirantes, atuou nos bastidores para dar corpo à pré-campanha de Doria.

A Tripoli, que tem a seu lado o também deputado federal Bruno Covas e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, e a Matarazzo, que é apoiado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo senador José Serra, Alckmin garantiu, no entanto, que vai apoiar quem vencer as prévias.

PRÉVIAS PAULISTANAS - Pré-candidatos do PSDB opinam sobre pontos-chave da disputa pela Prefeitura