• Poder

    Monday, 06-May-2024 09:33:33 -03

    Lava Jato

    Para Dilma, investigações contra Lula não podem 'passar dos limites'

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    02/03/2016 00h25

    Em uma tentativa de reaproximação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff fez nesta terça-feira (1º) uma defesa veemente ao seu antecessor no Palácio do Planalto.

    Em jantar com as bancadas do PDT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, a presidente avaliou que todo mundo comete erros e falhas, mas que uma liderança como o petista merece manifestações de solidariedade.

    Ela demonstrou preocupação e reconheceu que o seu antecessor tem sofrido um cerco nas investigações da Polícia Federal. Para ela, no entanto, não se pode deixar que a ofensiva contra ele "passe dos limites".

    Em um aceno ao antecessor, que tem ensaiado um distanciamento do Palácio do Planalto, a presidente decidiu nomear para o Ministério da Justiça o promotor baiano Wellington César Lima, que foi indicado pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil), um dos maiores aliados do petista no governo federal.

    Desde o ano passado, o ex-presidente vinha defendendo a saída do ministro José Eduardo Cardozo que, para ele, não conseguia controlar a Polícia Federal, que investiga suspeitas contra Lula no rastro da Operação Zelotes.

    CPMF

    No encontro no Palácio da Alvorada, a presidente fez um apelo pela aprovação no Congresso Nacional da reforma previdenciária e da recriação da CPMF.

    Segundo ela, a alíquota é necessária para reequilibrar as contas federais e, assim, permitir a redução da inflação no país.

    A petista também criticou mudanças no modelo de partilha do pré-sal e defendeu que, ao tirar a prioridade da Petrobras na exploração, o país corre o risco de entregar uma riqueza nacional na mão de empresas privadas.

    Ela elogiou ainda e avaliou como satisfatório projeto substitutivo aprovado pelo Senado Federal, com o apoio do governo federal, que estabelece prioridade, mas não a obrigatoriedade, da empresa estatal manter participação mínima de 30% nos consórcios do pré-sal.

    Pelo texto, Petrobras precisará fazer uma defesa técnica perante ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), que submeterá a decisão final à presidente.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024