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    o impeachment

    Com apoio de Wagner, Modesto deve assumir Secretaria Nacional de Justiça

    MARIANA HAUBERT
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    02/03/2016 14h44

    Pedro Ladeira - 29.dez.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 29-12-2015, 12h00: O ministro chefe da casa civil Jaques Wagner durante entrevista exclusiva em seu gabinete, no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) ***ESPECIAL*** ***EXCLUSIVO***
    O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, em seu gabinete, no Palácio do Planalto

    Responsável pela indicação do promotor Wellington César Lima para o Ministério da Justiça, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, deve emplacar o promotor baiano Paulo Modesto na Secretaria Nacional de Justiça.

    O professor de direito, que teve na terça-feira (1º) aprovado pedido de afastamento do Ministério Público da Bahia, foi convidado para assumir o posto com a saída do atual secretário Beto Vasconcelos.

    Próximo ao ministro da Casa Civil, Modesto foi indicado pelo petista para assumir em 2013 a vaga do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ayres Brito.

    Na época, Modesto também teve o apoio de José Eduardo Cardozo, que deixa o Ministério da Justiça nesta quinta-feira (3) para assumir a Advocacia-Geral da União.

    Ele chegará ao posto no momento em que a Secretaria Nacional de Justiça será fundida à Secretaria de Reforma do Judiciário, tornando-se uma superestrutura.

    Vasconcelos confirmou sua decisão de sair do governo federal à Folha e disse que o momento coincide com a saída de Cardozo da pasta. Segundo ele, que é advogado de formação, seu ciclo de atuação no governo federal, que durou mais de 12 anos, chegou ao fim.

    Além de Modesto, deve ser indicado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública outro aliado do ministro da Casa Civil: o atual secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa.

    O delegado federal chegou ao cargo estadual em 2011, quando Wagner assumiu seu segundo mandato como governador da Bahia.

    Outro cargo que também deve ser assumido por um indicado pelo ministro é o comando da Secretaria Nacional do Consumidor.

    A atual secretária Juliana Pereira da Silva pediu para deixar a função com a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça

    Procurado pela Folha, Wagner negou a articulação e afirmou que não interfere em nomeações no Ministério da Justiça. Segundo ele, quem vai decidir as indicações de segundo escalão será o novo ministro da pasta.

    TRAJETÓRIA

    Vasconcelos começou sua trajetória sendo assessor do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumindo em seguida a assessoria jurídica da Casa Civil.

    No governo Dilma Rousseff, assumiu a secretaria-executiva da Casa Civil e foi chefe de gabinete da petista.

    Vasconcelos assumiu a Secretaria Nacional de Justiça em fevereiro de 2015. De acordo com ele, desde aquela época, o combinado com o governo federal era permanecer no cargo por apenas dois anos.

    No entanto, a reforma administrativa conduzida no ano passado para diminuir gastos da administração pública, antecipou sua decisão. A fusão das duas secretarias acontecerá até o fim deste mês.

    Vasconcelos deverá cumprir uma quarentena de seis meses antes de poder atuar tanto na advocacia privada quanto em algum organismo internacional, suas principais opções.

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