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    Lava Jato

    Dilma critica 'vazamentos seletivos' em investigações da Polícia Federal

    GUSTAVO URIBE
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    03/03/2016 11h45

    Alan Marques - 18.dez.2015/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 18.12.2015. A presidente Dilma Rousseff participa de cerimônia de assinatura da Medida Provisória do Acordo de Leniência, que tem como efeito preservar empregos nas empresas envolvidas em escândalos de corrupção. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    Presidente Dilma Rousseff

    Em meio à divulgação do conteúdo da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), a presidente Dilma Rousseff criticou publicamente nesta quinta-feira (3) o que chamou de "vazamentos ilegais e seletivos" e defendeu que a presunção de inocência não pode ser substituída pela "execração pública".

    Em cerimônia de posse de novos ministros, a petista ressaltou que não se pode condenar ninguém no país sem processo legal ou acusação formal e que deve-se evitar o "pressuposto de culpa", uma vez que a presunção de inocência "vale para todos".

    Delação de Delcídio
    Senador cita Dilma e Lula em acordo
    Delcídio do Amaral

    "Continuaremos defendendo que a presunção de inocência não pode ser substituída pelo pressuposto da culpa e nem dar lugar à execração pública sem acusação formal. E também à condenação sem processo por meio de vazamentos ilegais e e seletivos", criticou.

    Segundo informações publicadas pela revista "Istoé", o senador disse que a presidente usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

    Ele também disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou comprar o silêncio de Nestor Cerveró e de outras testemunhas.

    Na cerimônia de posse, a presidente afirmou ainda que os casos de corrupção no país estão sendo apurados pela Polícia Federal "livremente" e "sem pressões" e que o governo federal não tem imposto barreiras ou engavetado investigações.

    "O combate à corrupção continua sendo uma prioridade em meu governo e nenhum governo realizou um enfrentamento tão duro e eficiente como o meu. E continuará sendo assim", disse.

    Em relação estremecida com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente fez questão de elogiar publicamente o novo ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), José Eduardo Cardozo.

    Segundo ela, o governo federal não pode prescindir do ex-ministro da Justiça, que deixou o cargo por pressões de petistas e de seu antecessor no Palácio do Planalto.

    A presidente deu posse nesta quinta-feira (3) a Wellington Silva como novo ministro da Justiça, a José Eduardo Cardozo como novo ministro da AGU e a Luiz Navarro como novo ministro da CGU (Controladoria-Geral da União).

    Esquema Delcídio

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