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    Servidora é detida por estar em salão de beleza no horário de expediente

    LUIZ CARLOS DA CRUZ
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CASCAVEL (PR)

    03/03/2016 16h06

    Uma servidora da Prefeitura de Palmas, na região sul do Paraná, foi detida pela Polícia Militar após ser flagrada em um salão de beleza durante o horário de expediente, na terça-feira (1º).

    Tudo começou quando o promotor de Justiça José de Oliveira Junior foi ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras), onde a mulher trabalha, para lhe entregar uma notificação referente a uma suspeita de nepotismo na prefeitura, caso do qual ela é testemunha.

    Ao ser informado por outro servidor que a mulher estava em um salão de beleza nos arredores havia ao menos 30 minutos, o promotor se dirigiu até o estabelecimento e encontrou a servidora olhando bijuterias à venda no local, por volta das 16h.

    Segundo o promotor, ele pediu que ela retornasse ao local de trabalho e chamou a diretora interina do Departamento de Assistência Social e a Polícia Militar. A servidora, que não teve a identidade revelada, foi encaminhada à delegacia para prestar depoimento e liberada em seguida.

    Oliveira Junior diz que a ausência da servidora após registro do cartão de ponto configura, em tese, crime de falsidade ideológica. O promotor disse que ela responderá também por peculato (desvio de dinheiro público) ou peculato tentado, caso o tempo que ela ficou ausente seja descontado da folha de pagamento.

    Questionado pela reportagem se a detenção era necessária, o promotor afirmou que eram as medidas legais e cabíveis diante da constatação dos supostos crimes. "Particularmente eu até fiquei com pena dela pelo constrangimento", afirmou.

    O promotor afirmou que irá solicitar à prefeitura a abertura de um procedimento interno de investigação. Já a administração disse que vai aguardar a comunicação do Ministério Público para investigar a conduta da servidora.

    "Infelizmente, não se trata de caso inédito. A jurisprudência mostra diversos casos em que servidores foram presos em operações deflagradas pela Polícia Civil em razão de estarem batendo ponto e não trabalharem", afirmou Oliveira Junior.

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