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    o impeachment

    Dilma teme retorno do impeachment caso partidos aliados abandonem base

    VALDO CRUZ
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    08/03/2016 14h35

    Alan Marques/Folhapress
    A presidente Dilma Rousseff anuncia medidas para modernização do futebol brasileiro, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta terça-feira
    Presidente Dilma Rousseff

    Com receio de possíveis desembarques na base aliada, a presidente Dilma Rousseff demonstrou nesta terça-feira (8) preocupação com o retorno da tramitação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

    Em reunião de coordenação política, a petista criticou o que chamou de tentativa de "cerco pesado" ao governo e avaliou o momento atual como "grave" e "difícil".

    Segundo relatos de presentes, ela ponderou que caso haja defecções no momento que o pedido volte a tramitar, há o risco dele ser aprovado na Câmara, apesar dela acreditar que ele será barrado no Senado.

    Nos últimos dias, partidos como PP, PTB e PRB têm discutido internamente a possibilidade de deixar a base aliada. Na semana passada, o PSB, antes em posição de neutralidade, anunciou a migração para a oposição ao governo.

    No encontro, a presidente escalou os ministros e parlamentares presentes a responderem de maneira enfática a qualquer acusação feita contra o Palácio do Planalto.

    Ela voltou a responder ponto por ponto as denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em delação premiada divulgada na semana passada, na qual ele acusou a presidente de tentar interferir na libertação de presos na Operação Lava Jato.

    A petista avaliou ainda que a divisão do país e o clima de confronto prejudicam a governabilidade e defendeu o diálogo como forma de se chegar a consensos e a entendimentos.

    Na avaliação dela, a discussão sobre o impeachment tem o risco também de paralisar a pauta do ajuste fiscal no Congresso.

    O processo de impeachment também foi a discussão central em encontro nesta terça do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, com líderes da base aliada.

    Segundo relatos, o ministro pediu "cautela" e "equilíbrio" na discussão do processo de afastamento da petista.

    Ao final da reunião, o combinado era que os líderes da base aliada acompanhassem o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), em entrevista à imprensa. Ele, no entanto, só teve a companhia do líder do PT, Afonso Florence (BA).

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