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    o impeachment

    Movimentos anunciam presença de Lula em ato na Paulista no dia 18

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    11/03/2016 20h05

    Movimentos sociais, sindicalistas e estudantes que compõem a Frente Brasil Popular anunciaram nesta sexta (11) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da manifestação na avenida Paulista que será realizada na próxima sexta (18).

    O Instituto Lula confirmou que está prevista a participação do ex-presidente. Os organizadores disseram que Lula fará um discurso, mas ainda não foi definido em que momento do ato.

    Serão três motes centrais, segundo os organizadores: "defesa da democracia, dos direitos sociais e contra o golpe", em referência ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara.

    A Frente Brasil Popular, de acordo com seus coordenadores, congrega 65 movimentos rurais e urbanos, sindicatos e entidades estudantis do país. O ato começará em frente ao Masp, às 16h, e seguirá até a praça da República, no centro. A ideia dos movimentos é abri-lo e encerrá-lo com intervenções culturais e shows.

    Diferentemente do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que nesta semana divulgou um manifesto criticando o governo Dilma por ter feito uma "guinada à direita", o ato do dia 18 não vai protestar contra políticas que desagradam movimentos da esquerda, como a reforma da Previdência e a lei antiterrorismo –patrocinada pelo Executivo federal e vista como uma ameaça aos movimentos sociais. Esses temas ficarão para um ato em Brasília, no próximo dia 31, disseram os organizadores.

    Segundo Raimundo Bonfim, da CMP (Central de Movimentos Populares), agora é hora de concentrar esforços para reagir às iniciativas da Operação Lava Jato e do Ministério Público de São Paulo, que, para ele, tentam criminalizar o ex-presidente Lula com intenção política.

    "No dia 4 [quando Lula foi conduzido pela Polícia Federal] riscaram o fósforo. Agora, se a juíza aceitar [a denúncia da Promotoria em São Paulo], vão ter colocado fogo. Se pegar fogo, como vão apagar?", disse Bonfim. "Aquilo [denúncia contra Lula] é panfleto político, não é peça jurídica", atacou.

    REAÇÃO

    O presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, afirmou que o pedido de prisão do petista, feito nesta quinta (10) por promotores paulistas que investigam o caso do tríplex em Guarujá (SP), é "ilegal" e "político", e que os advogados da Frente Brasil Popular estudam acionar os órgãos de controle do Ministério Público.

    Para Izzo, a denúncia às vésperas de um ato pró-impeachment marcado para domingo (13) veio para dar gás aos "golpistas". Ele criticou também o argumento do Ministério Público, na denúncia à Justiça, de que Lula pode mobilizar uma "rede violenta" caso não seja preso.

    "Estamos voltando aos anos 1980, época da fundação do PT e da CUT, com essa ideia de fazer terrorismo dizendo que os movimentos sociais são violentos", disse.

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