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    o impeachment

    Mobilização contra governo se estende pela Praia da Copacabana, no Rio

    LUCAS VETTORAZZO
    LUIZA FRANCO
    DO RIO
    ISABELA DIAS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    13/03/2016 12h47

    Isabela Dias/Folhapress
    Mobilização contra governo se estende pela Praia da Copacabana, no Rio
    Mobilização contra governo se estende pela Praia da Copacabana, no Rio

    O protesto no Rio de Janeiro contra o governo da presidente Dilma Rousseff se estendia por mais de oito quarteirões na orla da praia de Copacabana, na zona sul carioca, por volta das 12h deste domingo (13).

    Nas contas dos organizadores, ao menos 1,5 milhão de pessoas participaram do ato. Neste caso, não há um número oficial para servir como comparação. Desde o ano passado, o Governo do Rio (PMDB) optou por não fazer mais estimativas de público nos protestos de rua.

    A reportagem da Folha, contudo, abordou um major da PM que considerou exagerada a estimativa dos organizadores. Ele ressaltou que no tradicional réveillon da praia de Copacabana, o público, quase sempre estimado em 2 milhões de pessoas, ocupa não só as pistas da orla, mas também as areias da praia em toda a sua extensão —o que não ocorreu na manifestação deste domingo.

    Três carros de som estão espalhados pelo trajeto dos manifestantes que criticam principalmente a presidente Dilma e o ex-presidente Lula.

    Responsável pelo julgamento dos crimes investigados pela Operação Lava Jato, o juiz Sergio Moro é celebrado com fotos estampadas em camisetas, além de mensagens de apoio em cartazes e faixas.

    Um grupo de 35 pessoas chamou atenção por usar uma mesma camiseta amarela identificada como #morobloco, um trocadilho do nome do juiz com um dos mais populares blocos de carnaval do Rio, o Monobloco.

    Os atores Marcelo Serrado e Suzana Vieira estavam entre os seguidores do #morobloco.

    "Estou aqui como cidadão. Somos a favor do Moro e das investigações da Lava Jato", disse Serrado. Apesar das críticas a atual situação do país, o ator faz ressalvas ao a um eventual afastamento da presidente Dilma. "Se for comprovada alguma irregularidade, sou a favor do impeachment. Mas não sei dizer se existem motivos que justifiquem a saída dela neste momento".

    Um avião usado para divulgar faixas publicitárias sobrevoa a orla de Copacabana com a mensagem: "Não vai ter golpe. Frente Brasil Popular." A multidão reage com vaias a cada passagem da aeronave pela praia.

    "Não vai ter golpe mesmo. O que vai ter é impeachment, cassação e prisão", discursou no trio elétrico um dos integrantes do grupo Revoltados Online, enquanto passava o avião.

    No carro de som do movimento Vem Pra Rua, o jornalista e ex-deputado Fernando Gabeira falou ao microfone. "Não estou aqui como político ou jornalista, mas como pai e avô. Tenho convicção de que Dilma vai cair. Venho aqui para lembrar que a lutar não termina aí. Teremos um longo caminho pela frente para consertar o estrago que eles fizeram", disse Gabeira.

    São recorrentes os pequenos bonecos infláveis de Lula e Dilma vestidos de presidiário. Camelôs vendem o artigo a R$ 15. Bandeiras do Brasil são vendidas a R$ 30.

    O início da marcha foi marcado por uma oração seguida do hino nacional.

    Um carro de som reproduzia a música criada para ironizar o discurso da presidente Dilma, onde ela fez uma "saudação à mandioca".

    Outra canção menciona o ex-presidente Lula.

    "Não é nada meu / Não é nada meu / Excelência eu não tenho nada / Isso tudo é de um amigo meu", diz a letra.

    Comandados pelo carro de som, os manifestantes gritam: "Fora Dilma, fora jaracaca".

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