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    Filha de ministro Fux toma posse como desembargadora no TJ do Rio

    MARCO ANTÔNIO MARTINS
    DO RIO

    14/03/2016 19h04

    Isaac Markman
    Marianna Fux em evento na Academia de Letras Jurídicas, no Rio
    Marianna Fux em evento na Academia de Letras Jurídicas, no Rio

    Após 20 meses de polêmicas e tentativas de impugnação, a advogada Marianna Fux, 35, tomou posse como desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio, na tarde desta segunda-feira (14).

    A filha do ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), informou por meio da assessoria do tribunal que não falaria com a imprensa.

    Em seu discurso, ela agradeceu à família e ao advogado Sérgio Bermudes, em cujo escritório trabalhou, e lembrou a disputa que enfrentou até sua posse.

    "Eu lutei e sonhei com o dia de hoje. Essa é a função que escolhi para a minha vida madura. Cumpri todos os requisitos pessoais para isto", disse em seus oito minutos de fala, para uma plateia de 300 convidados.

    Mais jovem desembargadora do TJ do Rio, Marianna substitui Adilson Macabu, aposentado em abril de 2014. Sua posse foi acompanhada, da primeira fila da plateia, pelo ministro Luiz Fux, sua mulher, Anne, e o advogado Sérgio Bermudes.

    Após a cerimônia, a família Fux recebeu desembargadores, juízes, promotores e advogados para cumprimentos em um salão ao lado do Órgão Especial do TJ.

    O coquetel –em que se serviu canapés finos, vinho branco, água, refrigerante e uísque– foi pago pela família da desembargadora, de acordo com a assessoria do tribunal.

    A Folha apurou que uma recepção como esta custa, em média, R$ 40 mil no Rio. Já os convidados informaram que o custo chegou a R$ 90 mil.

    O ministro Fux também não falou com a imprensa, que foi informada de que não poderia permanecer na recepção.

    A posse encerrou a discussão iniciada em setembro de 2014 após um grupo de conselheiros da seccional Rio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrar com um pedido de impugnação da candidatura da advogada, afirmando que ela não preenchia os requisitos para o cargo.

    Um dos questionamentos era que Marianna não comprovara o exercício profissional nos anos de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2014. A discussão e o pedido de impugnação da candidatura atrasaram em mais de um ano a escolha para a vaga do desembargador Macabu.

    Em 25 de fevereiro de 2016, a impugnação foi derrubada na própria OAB e a advogada foi a segunda mais votada pela categoria. Teve assim o nome incluído na lista sêxtupla que seguiu para avaliação dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio.

    Em 7 de março, os desembargadores colocaram a advogada como a mais votada na lista tríplice encaminhada ao governador Luiz Fernando Pezão. Duas horas após receber os nomes, o governador confirmou a indicação da advogada para o cargo.

    Internado devido a uma virose, o governador não compareceu à posse da desembargadora.

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