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    o impeachment

    Dilma se reúne com Renan para calcular apoio de PMDB a Lula

    GUSTAVO URIBE
    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    14/03/2016 23h58

    No esforço de evitar o desembarque imediato do PMDB, a presidente Dilma Rousseff se reuniu na noite desta segunda-feira (14) com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para calcular o apoio do partido à entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no governo federal.

    Segundo a Folha apurou, Lula demonstrou no final de semana preocupação em assumir um ministério de coordenação política sem saber a real aprovação do PMDB à sua entrada na Esplanada dos Ministérios.

    A avaliação de alguns petistas é a de que pouco adiantará a ida de Lula para o governo se o PMDB não a endossar. O temor é que Lula também seja alvo das fortes críticas e acabe não tendo força suficiente para segurar o rompimento dos peemedebistas.

    Lula gostaria de ter a segurança de contar com o partido de Michel Temer caso aceite a tarefa. Na avaliação de petistas, seria desastroso se o PMDB desembarcasse do governo mesmo depois da nomeação de Lula.

    O encontro, promovido no Palácio do Planalto, faz parte da estratégia da petista para impedir que o partido deixe a administração federal em meio à possibilidade de abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados.

    O convite da presidente a seu antecessor teve como principal objetivo buscar ajuda para retomar a governabilidade e evitar um desembarque do PMDB no mês que vem, prazo estipulado pela sigla para tomar uma decisão definitiva sobre o tema.

    Mais cedo, a petista se reuniu com os seis ministros do partido para escalá-los a atuar junto à cúpula nacional da sigla para evitar um desembarque. Na reunião, segundo relatos, os ministros confirmaram apoio ao governo federal.

    A presidente se reunirá nesta terça-feira (15) com Lula para fechar sua nomeação, que provavelmente será para a Secretaria de Governo.

    Alguns integrantes da cúpula da bancada de deputados federais do PT dizem que Lula já tomou a decisão de aceitar uma pasta.

    Aliados do ex-presidente dizem que ele está "com muita vontade de aceitar", principalmente porque "desta vez, Dilma não fez um convite, mas um apelo".

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