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    o impeachment

    Citado por Delcídio, FHC diz que 'até no tempo de Jesus houve quem errou'

    THAIS ARBEX
    DE SÃO PAULO

    16/03/2016 16h40

    Moacyr Lopes Junior/Folhapress
    São Paulo, SP, Brasil. 16.03.2016. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante palestra dirigida ao mercado de seguro, no bairro de Moema, na zona sul da cidade. (Foto: Moacyr Lopes Junior/Folhapress - Poder) ***EXCLUSIVO***
    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante palestra dirigida ao mercado de seguro

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que até no "tempo de Jesus Cristo houve alguém que fez alguma coisa errada". O comentário foi feito no dia seguinte à revelação de que o senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) afirmou em delação que no governo de FHC houve vários casos de irregularidades na Petrobras "muito semelhantes" aos apurados na Operação Lava Jato.

    O tucano evitou falar sobre a denúncia feita pelo parlamentar, mas disse que no governo petista foi instituído um sistema de corrupção.

    "Outro dia ouvi que no meu governo, no tempo de Jesus Cristo, houve alguém que fez alguma coisa errada. Sempre ocorreu. O que não tem é a implicação da organização com a bênção do governo", afirmou o tucano em evento da seguradora Tokio Marine, na manhã desta sexta-feira (16).

    FHC afirmou que o país está diante de uma "crise moral muito grande", com "delações frequentes e a descoberta paulatina de que não se trata de um eventual desvio de conduta". "É a organização como um sistema, a utilização de funções públicas com objetivos de obter vantagens para os partidos e para si, talvez mais para os partidos".

    Embora também tenha evitado falar das denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), FHC afirmou que "não dá para negociar com a questão moral, doa a quem doer".

    Aécio também foi citado por Delcídio em um dos termos de sua delação premiada. Segundo o ex-petista, o tucano recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidiária da Eletrobras.

    O senador relatou ainda um caso na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma "maquiagem" nas informações.

    Depois da acusação, Aécio deve passar a ser investigado formalmente na Lava Jato.

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