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    o impeachment

    Dilma nega troca no BC e elogia experiência de Lula na economia

    GUSTAVO URIBE
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    16/03/2016 16h36

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL - 16.03.2016: Presidente Dilma da entrevista coletiva no Palacio do Planalto nessa quarta-feira (16).(Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    Presidente Dilma dá entrevista coletiva no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (16)

    A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta quarta-feira (16) que não irá alterar o comando da política econômica e que não pretende utilizar as reservas internacionais para aumentar os investimentos.

    Os dois pontos são defendidos pelo partido da presidente, o PT, que tem expectativas de mudanças com a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Ministério da Casa Civil, anunciada nesta quarta-feira (16).

    Em entrevista à imprensa, a presidente afirmou que Nelson Barbosa (Fazenda) e Alexandre Tombini (Banco Central) "estão mais dentro do que nunca" da Esplanada dos Ministérios e chamou de "especulação" o uso dos recursos para garantir financiamentos.

    A petista afirmou que as reservas internacionais podem ser usadas para abatimento da dívida pública, mas ponderou que não é a intenção do Palácio do Planalto. Segundo ela, elas foram criadas para proteção do país em relação a flutuações externas.

    "Jamais teremos uma pauta de uso das reservas que não seja proteção do país contra flutuações internacionais. Elas podem ter um papel em relação à divida, mas não são a forma adequada para solucionar questões de investimentos. Portanto, são especulações e elas só beneficiam quem lucra com elas", disse.

    Segundo a petista, nunca foi cogitada por ela a possibilidade de saída de Tombini ou de Barbosa do governo federal. Ela ressaltou ainda que seu antecessor no Palácio do Planalto tem compromisso com a estabilidade fiscal e com o controle da inflação.

    Na conversa com Dilma, na qual aceitou o convite para a Casa Civil, Lula colocou como uma das condicionantes a adoção de medidas que resgatem a esperança de empresários e, principalmente, trabalhadores em relação aos rumos do país.

    Segundo o petista, o governo federal não vai conseguir conquistar o apoio de aliados e de sua base social contra o impeachment se não demonstrar que o país sairá em breve da recessão.

    O receio do mercado financeiro é de que as alterações envolvam a venda das reservas internacionais, queda forçada dos juros e a liberação de mais crédito na economia.

    Lula também decidiu sondar Henrique Meirelles para o governo federal, o que pode gerar a saída de Tombini.

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