O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, acusou nesta quarta-feira (16) o juiz Sergio Moro de estimular uma "convulsão social" com a inclusão no inquérito de uma conversa telefônica entre Lula e a presidente Dilma Rousseff.
Segundo Zanin, o juiz cometeu uma arbitrariedade: "O que ocorreu hoje foi uma arbitrariedade muito grande. Um grampo envolvendo a presidente da República é um fato muito grave. Entendemos que este ato está estimulando uma convulsão social. Isso não é papel do Judiciário".
O advogado diz que o Instituto Lula estuda que medidas legais adotar em relação à conduta de Moro.
Zanin fez questão de repetir que Moro já não era o responsável pelo caso. "É um momento inoportuno. Já havia perda da competência. Não havia decisão nem necessidade de fazer essa divulgação do áudio. Então a finalidade extrapola a âmbito do processo", afirma.
Sobre a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, posição que lhe dá foro privilegiado, Zanin diz que não há obstrução da Justiça, já Lula não é réu.
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