• Poder

    Sunday, 05-May-2024 11:04:50 -03

    operação lava jato

    Ato de intelectuais de esquerda em defesa do PT lota teatro da PUC-SP

    DE SÃO PAULO

    17/03/2016 00h12

    Jorge Araújo/Folhapress
    Militantes e intelectuais de esquerda fazem ato no Tuca
    Militantes e intelectuais de esquerda fazem ato no Tuca

    Movimentos e representantes da esquerda realizaram na noite desta quarta (16) no teatro Tuca, em São Paulo, ato de desagravo ao ex-presidente Lula, ao PT e à presidente Dilma Rousseff. Um dos principais alvos dos discursos foi a mídia, qualificada como "golpista" e "sem vergonha".

    A atual recessão econômica, segundo vários expositores, seria resultado mais da situação internacional do que dos erros do governo, e Lula e o PT estariam sendo atacados por terem realizado um "amplo processo de inclusão social" no país.

    Com capacidade de 672 lugares, o Tuca ficou completamente lotado, assim como a área em frente ao teatro, onde centenas de pessoas acompanharam os discursos por um telão.

    O "Ato pela Legalidade Democrática" foi patrocinado pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto, da PUC-SP, em parceria com o Fórum 21.

    Jorge Araújo/Folhapress
    Manifestantes assistem ao ato por telão na área externo do Tuca, na PUC-SP
    Manifestantes assistem ao ato por telão na área externo do Tuca, na PUC-SP

    Um dos convidados a falar, o escritor Fernando Morais defendeu a nomeação de Lula na Casa Civil e afirmou que o ex-presidente sofre uma "perseguição". "Não adianta, o Lula pode se pintar de ouro que a mídia sem vergonha vai persegui-lo pelo resto da vida."

    O jurista Celso Bandeira de Mello foi na mesma linha e disse que "o maior inimigo do povo brasileiro hoje é a imprensa golpista".

    "Tudo o que sabemos vem dos meios de comunicação, e eles estão preparando um golpe com muita eficiência." Mello disse que a Folha não merece "ser lida", que faz papel de "boazinha" mas "nos intoxica diariamente".

    O jurista fez duras críticas às delações premiadas na Lava Jato e afirmou que, no Brasil, "dedo duro é traidor". "No Brasil a gente aprende (isso) desde pequeno."

    A filósofa Marilena Chaui disse que "existe hoje um caldo de cultura nas ruas perigoso, onde se forjam ditaduras e tiranias". Ela comparou as manifestações contra o PT no domingo passado a "uma massa conservadora e reacionária, sem nenhum plano, nada".

    Entre os convidados, um dos únicos a falar das suspeitas de corrupção que envolvem Lula e o PT foi o líder do MTST, Guilherme Boulos, colunista da Folha. "Ninguém pode ser contra investigações para combater a corrupção", disse. Mas ele condenou o que chamou de "escalada perigosa de judicialização da política brasileira".

    Edição impressa
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024